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CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE MISTURAS DE ÁGAR, GOMA GUAR E MUCILAGEM DE LINHAÇA E QUIABO PARA A APLICAÇÃO EM MICROPROPAGAÇÃO VEGETAL

OLIVEIRA, Maria Heloisa De ¹; SUCKOW, Neoli Lucyszyn ²
Colégio do(a) estudante: Colégio Estadual Costa Viana
Supervisor(a): Antonio Flavio Claras
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em Química – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A micropropagação é uma técnica importante para a produção em larga escala e conservação de espécies vegetais. O ágar, um polissacarídeo importado e de alto custo, é amplamente utilizado como meio de cultivo como agente geleificante, o que motiva a busca por substitutos locais e de baixo custo. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo avaliar a partir de testes reológicos a interação de ágar com goma guar, mucilagem de linhaça e/ou de quiabo. MATERIAIS E MÉTODO: Foram obtidas mucilagens das sementes de linhaça castanha e dourada e frutos do quiabo a partir de extração a quente e fria. Após a extração aquosa em ambos os processos, parte do extrato viscoso foi precipitado com etanol, desfiado, seco em estufa a 50ºC e moído em gral até obtenção de pó fino. Outra parte do material foi congelada e liofilizada. Soluções de ágar a 1 g/L e 2 g/L, misturadas com 50% de goma guar, mucilagens das sementes de linhaça castanha e dourada, e quiabo em água e meio MS (Murashige e Skoog) a uma concentração final de 2 g/L de polissacarídeos obtidos por extração a quente e liofilizados, foram submetidas a testes de viscosidade em viscosímetro Brookfield, modelo RVF, utilizando spindle número 2 e 3, a uma velocidade de 10 rpm. RESULTADOS: Os resultados das análises reológicas mostraram que, entre as misturas com concentração final de 2 g/L, aquela elaborada com 50% de ágar e linhaça castanha em solução aquosa apresentou uma viscosidade de 500 cP, superior às demais misturas nas mesmas concentrações, seguida da mistura de ágar e goma guar e ágar e quiabo, que apresentaram viscosidade de 400 cP. Por outro lado, em meio MS, a mistura de ágar e goma guar indicou uma viscosidade superior às demais misturas (500 cP), seguida da mistura de ágar e linhaça dourada, que apresentou uma viscosidade de 450 cP nas mesmas condições de análise. Entretanto, todas as misturas apresentaram viscosidades inferiores ao padrão de ágar puro, tanto em solução aquosa quanto em meio MS na concentração de 2 g/L. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados indicam que a substituição parcial ou total do ágar por outros polissacarídeos testados é viável, dependendo das necessidades específicas do protocolo de micropropagação. Esta flexibilidade permite a otimização dos meios de cultura, reduzindo os custos associados ao uso do ágar, por ser um material de custo elevado. Outro ponto importante é que a utilização de polissacarídeos obtidos localmente, como a mucilagem de linhaça castanha e quiabo, promove a sustentabilidade e a utilização de recursos renováveis, alinhando-se às práticas de cultivo mais ecológicas.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Reologia; 2. Micropropagação vegetal; 3. Ágar; 4. Goma guar; 5 Mucilagem de quiabo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI Jr.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador