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PAISAGEM HUMANIZADA: SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS E INOVADORAS PARA CIDADES (PÓS-)PANDÊMICAS NO BRASIL

LARA, João Pedro Kositzfeld De ¹; HARDT, Carlos ³; NOGUEIRA, Cintia Negrão ³; PELLIZZARO, Patrícia Costa ³; HARDT, Leticia Peret Antunes ²
Colégio do(a) estudante: Colégio Estadual da Polícia Militar (Cel PM Felippe de Sousa Miranda)
Supervisor(a):
Curso do(a) Orientador(a): Arquitetura E Urbanismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Diante da sujeição das urbes contemporâneas a pandemias e da necessidade de formulação de alternativas para enfrentamento dessa problemática no presente e no futuro, a pesquisa visa à apresentação de indicativos para mitigação de suas adversidades em espaços urbanizados. OBJETIVOS: Nessa perspectiva, o objetivo geral do trabalho consiste em propor soluções tecnológicas e inovadoras para cidades (pós-)pandêmicas no Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: Com abordagem qualiquantitativa, sua estrutura multimétodos foi desenvolvida em cinco etapas. A primeira – fundamentação teórica – abordou teorias e conceitos, inclusive de investigações anteriores, utilizando técnicas de levantamento bibliométrico e revisão sistemática, a partir da seleção de 20 dentre 411 artigos relevantes da base Scientific Electronic Library Online (SciELO). Por sua vez, a segunda – estruturação metodológica – comportou a sistematização dos métodos e técnicas adotados, a partir de fontes secundárias bibliográficas e documentais, enquanto a terceira – contextualização urbanística – compreendeu a organização de dados coletados em fichas com informações, sob três recortes escalares, de aspectos físico-territoriais, socioeconômicos e político-institucionais das cindo cidades médias estudadas (Benevides, Pará; Lauro de Freitas, Bahia; Várzea Grande, Mato Grosso, Vespasiano, Minas Gerais; São José dos Pinhais, Paraná). A quarta etapa – análise de vulnerabilidades – envolveu a interpretação de elementos urbanísticos de cinco pontos localizados nas regiões centrais de cada uma delas, considerando concentração de pessoas (suscetibilidade a contágios pandêmicos) e de índices de criminalidade (vulnerabilidade a situações inseguras), ao passo que a última – discussões de propostas – agrupou diretrizes de soluções tecnológicas e inovadoras, visando à humanização e sustentabilidade urbana. RESULTADOS: Os resultados demonstram que o contexto das cidades médias brasileiras examinadas é semelhante, assim como as características básicas das suas áreas centrais Os principais achados se referem à inadequação de ambientes ao deslocamento e permanência de pessoas, à inexistência eventual de calçadas e à insuficiência de tratamento paisagístico, notadamente por meio de mobiliário urbano e arborização. Também aludem à ineficácia de atributos de acessibilidade, à incipiente atratividade de fachadas e à precária interação entre espaços públicos e privados. Como soluções tecnológicas e inovadoras, são evidenciadas as relativas ao uso de ferramentas para monitoramento e melhoria das situações espaciais, tais como redes de sensores, plataformas virtuais, iluminação adaptativa e sistemas de vigilância, dentre outras opções estruturantes de cidades inteligentes. À título de conclusão, depreende-se que, mesmo pertencentes a regiões diferentes e, portanto, com especificidades locais, os casos avaliados apresentam aspectos comuns a serem melhorados, especialmente quanto à priorização dos pedestres e à segurança dos lugares. Assim, essas inovações e tecnologias podem constituir diferenciais para a configuração de urbes acolhedoras, saudáveis, humanas , resilientes e sustentáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nessa perspectiva, tem-se relativa comprovação da hipótese investigativa de que a simulação de medidas inovadoras, ajustada a diferenciadas condições sociourbanísticas, possibilitam a conformação de cenários humanizados para atenuação de adversidades provocadas por eventos pandêmicos. Contudo, há desafios a serem superados, a exemplo de investimentos de custos elevados e de necessidades de capacitação profissional, que podem dificultar o acesso a esses recursos de administrações municipais com orçamentos reduzidos.

PALAVRAS-CHAVE: resiliência urbana; (re)humanização espacial; áreas vulneráveis; diretrizes urbanístico-tecnológicas; cidades médias.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI Jr.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador