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AVALIAÇÃO DE DESFECHOS RELACIONADOS A SAÚDE FÍSICA, PSICOLÓGICA E COGNITIVA DE PACIENTES NO PERÍODO DE PÓS ALTA DA UTI

TIBA, Taher ¹; NAKATANI, Amanda Kozesinski ³; MOSER, Auristela Duarte De Lima ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Com os avanços tecnológicos e a partir das melhorias das condições de atendimento dos pacientes em UTIs, vem se tendo um aumento da sobrevida de doentes críticos. No entanto, muitos desses doentes acabam desenvolvendo sequelas devido a doença e permanência em UTI, resultando em uma pior qualidade de vida quando comparada ao momento anteriormente a admissão do doente à UTI. Assim, além de garantir uma redução da mortalidade dos doentes críticos, também deve-se pensar nas sequelas que afetarão os doentes no período pós-UTI, garantindo que esse doente volte para sua casa e consiga manter sua rotina com uma boa qualidade de vida. OBJETIVOS: Avaliar a variação da qualidade de vida avaliada na admissão da UTI, na alta da UTI, e 30 e 90 dias após a alta. MATERIAIS E MÉTODO: Este foi um estudo de coorte prospectivo realizado em 5 UTIs de um mesmo hospital de Curitiba. Foram incluídos 103 pacientes na admissão a UTI, os quais atendiam aos critérios de inclusão e exclusão. Desses, 7 foram a óbito durante o internamento. Os pacientes foram entrevistados para se obter informações sobre sua qualidade de vida, ansiedade e depressão e âmbito cognitivo. Essas informações foram obtidas por meio das respostas dos pacientes nas seguintes escalas: WHOQOL-Bref, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e SPMSQ, respectivamente. Além, foram obtidos dados de seu prontuário eletrônico, como sexo, idade, escala de coma de Glasgow da admissão, comorbidades, IMC, APACHE II, motivo e tipo de internamento e desfecho na UTI. RESULTADOS: Ao final dos 90 dias, 52 pacientes estavam presentes no retorno, enquanto outros 28 ainda estavam na janela de retorno. A idade média dos pacientes foi de 63,9 anos, sendo a maioria dos doentes do sexo masculino (66%). Quando comparado qualidade de vida, cognição, ansiedade, depressão e fragilidade na admissão da UTI, na alta da UTI, 30 dias após a alta e 90 dias não foi observado diferença estatística significativa. No entanto, quando avaliado a escala clínica de fragilidade percebemos que os pacientes apresentam uma pior fragilidade em 30 dias após a alta da UTI quando comparado com a admissão (p<0,001). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora haja uma piora significativa na fragilidade dos pacientes nos primeiros 30 dias após a alta, há indícios de melhora aos 90 dias.

PALAVRAS-CHAVE: Terapia Intensiva; PICS; Qualidade de Vida; Ansiedade e Depressão; Cognição.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI (MAI-DAI).
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador