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FATORES DE RISCO PARA PIORA DE FUNCIONALIDADE DECORRENTES DO PERÍODO DE INTERNAMENTO DE UTI

JANISCKI, Kamila ¹; NAKATANI, Amanda Kozesisnki ³; MOSER, Auristela Duarte De Lima ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, uma mudança de paradigma está acontecendo em relação aos cuidados do intensivista. Com o aumento da sobrevivência do paciente crítico, precisamos ir além da redução da mortalidade e pensar na funcionalidade do indivíduo no retorno para casa e para sua rotina. Apesar da discussão estar em voga, ainda há falta de dados objetivos sobre a perda da funcionalidade no cenário da terapia intensiva. Para podermos levar os debates adiante, e construir medidas palpáveis para manutenção da capacidade funcional do paciente, é necessário conhecermos os fatores de risco para a perda da funcionalidade. OBJETIVOS: Determinar fatores de risco para piora da funcionalidade consequente do período de internamento na UTI. MATERIAIS E MÉTODO: Este foi um estudo de coorte observacional prospectivo desenvolvido em 5 unidades de terapia intensiva do Hospital Santa Casa de Curitiba. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, com previsão de permanência acima de 48 horas na UTI e que concordassem em participar da pesquisa. Foram registradas variáveis demográficas, comorbidade, IMC, APACHE II, tempo de internamento na UTI e desfecho da UTI. Realizou-se análise uni e multivariada para identificar os fatores de risco relacionados à diminuição da funcionalidade. A escala utilizada para a avaliação funcional foi o questionário WHODAS 2.0, na sua versão de 12 perguntas. RESULTADOS: Foram analisados dados de 96 pacientes, com idade média de 34,5 anos (mediana 65 anos). Escore médio do WHODAS no início da internação foi 24,0 ± 20,0 (mediana 19,8) e na alta da UTI 27,3 ± 19,7 (mediana 24,0). O único fator de risco encontrado para perda funcional foi maior escore WHODAS na admissão da UTI, com coeficiente de regressão linear (β) de 0,457 (0,285 – 0,629) e p<0,001. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Maior escore no questionário WHODAS no momento da internação na UTI é um fator de risco para diminuição da funcionalidade após a alta da terapia intensiva

PALAVRAS-CHAVE: Terapia intensiva; Funcionalidade; PICS; Síndrome pós-cuidado intensivo; Fator de risco

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI (MAI-DAI).
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador