AVALIAÇÃO IN VITRO DOS EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DA FOSFATASE ALCALINA INTESTINAL

INTRODUÇÃO: Na suinocultura moderna, os antimicrobianos melhoradores de desempenho (AMD) vêm sendo amplamente utilizados a fim de prevenir infecções bacterianas. No entanto, o uso desenfreado dessas substâncias desencadeou um dos problemas mais emergentes na produção animal, a resistência bacteriana. Diante disso, a fosfatase alcalina intestinal (FAI) surge como uma das alternativas mais recentes aos AMD. OBJETIVOS: Pretendeu-se avaliar, in vitro, o potencial anti-inflamatório da FAI por meio da análise de atividade fagocítica comparando as enzimas de origem bovina (FAIB) e porcina (FAIP). MATERIAIS E MÉTODO: Um total de 1,36 x 106 de macrófagos viáveis/mL de um lavado bronco alveolar (LBA) equino foram distribuídos e fixados em 12 poços de uma placa de 96 poços. Foram testados quatro tratamentos: controle negativo (macrófagos [MA] + solução tampão salino-fosfato [PBS]), controle positivo (MA + LPS bacteriano de Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC)), FAIPE (MA + LPS + FAIP) e FAIBE (MA + LPS + FAIB). Os poços tiveram suas células inicialmente fixadas com metanol 50%, depois coloridas com corante de Giemsa 0,2%, fixadas com solução de Baker, coloridas com corante vermelho neutro e finalmente fixadas com solução de extração. Entre cada solução fixadora ou colorante, a placa foi incubada em estufa por 30 minutos a 37°C. Ao final, a placa foi centrifugada, e as absorbâncias dos poços lidas em 550 nm. RESULTADOS: Devido ao baixo número de repetições para cada tratamento, foi realizada análise descritiva. A absorbância indicou que a atividade fagocítica dos macrófagos da enzima FAIP foi maior enquanto a enzima FAIB foi menor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A enzima FAIP demostrou efeito em desfosforilar o LPS de ETEC, aumentando a atividade fagocítica, ao contrário do encontrado para a enzima FAIB.

PALAVRAS-CHAVE: 1. FAI; 2. Fagocitose; 3. Lipopolissacarídeos; 4. Macrófago; 5 Suinocultura.