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O USO DO REVISIONISMO HISTÓRICO COMO ESTRATÉGIA DE “FAKE NEWS”

GRAÇA, Thaynara Goes Da ¹; COLOMBO, Renan ²
Curso do(a) Estudante: Jornalismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Jornalismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Esta pesquisa trata sobre o uso das fontes jornalísticas e a relação construída entre a desinformação e o revisionismo histórico propagada no meio digital. Além disso, este relatório pretende investigar as estratégias de comunicação utilizadas pela produtora Brasil Paralelo, em seu documentário 1964: O Brasil Entre Armas e Livros, que foram desenvolvidas para difundir desinformação e atingir o público. Durante a revisão de literatura e fichamento, os principais autores utilizados para esta pesquisa foram: Marcos Napolitano (2021) e Carlos Fico (2017), para definir revisionismo histórico ideológico e como este processo se caracteriza na produção de material histórico sobre a ditadura militar brasileira; Claire Wardle (2020) e João Paulo Bachur (2021) para conceituar a tipologia da desinformação e as características da desinformação no ambiente político, respectivamente, e Nilson Lage (2001), para classificar os tipos de fontes dentro do jornalismo. OBJETIVOS: São os objetivos específicos deste trabalho: identificar quais são as fontes jornalísticas usadas dentro do documentário, relacionar a desinformação com o fenômeno revisionismo histórico e elaborar um produto técnico, com objetivo de conscientização a respeito do revisionismo histórico como estratégia de desinformação. MATERIAIS E MÉTODO: Para atingir os objetivos, foram utilizados os procedimentos metodológicos da Análise de Conteúdo, descritos por Laurence Bardin (1977), que consiste em pré-análise, exploração do material, categorização e codificação e tratamento dos resultados, inferências e interpretação. Para realizar a análise, foram desenvolvidas duas tabelas de classificação e checagem, com o objetivo de conferir a credibilidade das fontes que compõem o documentário. Em seguida, foi desenvolvido um produto de conscientização sobre desinformação e a importância das fontes para a criação de conteúdo digital. RESULTADOS: Os principais resultados desta tabela são a identificação das fontes usadas no filme e sua respectiva classificação. Foram ouvidos 24 entrevistados para construir o documentário, e segundo a divisão estabelecida por Lage (2001), apenas dois tipos de fontes: os experts e as testemunhas. Houve, em síntese, 150 ocorrências de seis fontes em agências de checagem: sendo 107 elas apenas de um dos entrevistados, que é Olavo de Carvalho. A identificação das fontes presentes no documentário foi descrita em uma tabela de frequência, que além de separar a presença dos entrevistados em cada um dos trechos analisados, também faz uma classificação dos tipos de fontes presentes no longa. Nesta etapa, primordial para a construção das demais, foi possível constatar a falta de pluralidade de pontos de vista no documentário. Em seguida, após a classificação, foi realizada a verificação das fontes nas principais agências de checagem do país. Com isso, foi possível averiguar a credibilidade duvidosa de pelo menos seis dos 24 entrevistados do documentário. Aqui, é importante ressaltar que algumas das fontes do filme são estrangeiras e pouco reconhecidas no território nacional, restringindo parte do processo. Depois da análise, foi possível planejar e produzir o produto-final (artefato). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presente pesquisa conseguiu compreender a estratégia da Brasil Paralelo de usar o revisionismo histórico em um documentário com um grande investimento em produção audiovisual. Além disso, é importante observar que o filme está disponibilizado no YouTube, facilitando o consumo em larga escala.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Desinformação; 2. Fontes jornalísticas; 3. Revisionismo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador