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DESINFORMAÇÃO SOBRE O AUTISMO NA ERA DIGITAL: O PESO DAS FAKE NEWS

SZALOW, Heloize Machado ¹; COLOMBO, Renan ²
Curso do(a) Estudante: Comunicação Social – Hab. Publicidade E Propaganda – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Jornalismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este estudo investigou como a desinformação sobre o autismo afeta a percepção pública, reforçando estigmas e influenciando decisões políticas e pessoais. Trouxe a análise das consequências de fake news relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), a propagação de estigmas prejudiciais e os impactos no acesso a direitos e serviços para a comunidade autista. OBJETIVOS: O objetivo geral deste Plano de Trabalho é analisar peças de desinformação desmentidas pela agência de checagem de fatos “Boatos.org” relacionadas à implementação das leis de proteção e inclusão de pessoas com o espectro autista, visando entender como essas notícias falsas influenciam o acesso aos direitos previstos em lei. E a partir disso, desenvolver uma cartilha informativa para a distribuição em escolas com o intuito de auxiliar na identificação de falsas informações. O trabalho em questão possui três objetivos específicos: a) Investigar como ocorre a disseminação de boatos acerca do autismo no ambiente digital; b) Identificar as principais influências da falta de conhecimento sobre o espectro autista e das notícias falsas nas políticas públicas voltadas para essa população; c) Elaborar um produto técnico, em formato de cartilha, com objetivo de conscientização a respeito de “fake news” relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa se baseou em revisão de literatura, análise de conteúdo e diferentes abordagens teóricas, utilizando autores como Paul Levinson e Juliana Conte. O estudo de caso analisou a relação entre desinformação e autismo durante a pandemia de COVID-19, enfatizando a importância de uma abordagem ampla que envolva jornalistas, organizações de notícias, empresas de tecnologia e governos para combater a desinformação. RESULTADOS: O estudo conclui que a desinformação tem múltiplas consequências, incluindo tratamentos pseudocientíficos perigosos e políticas públicas inadequadas, destacando a necessidade de um jornalismo responsável e ético para promover uma sociedade mais informada e inclusiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As fake news sobre o TEA frequentemente promovem tratamentos não comprovados e perigosos. Métodos pseudocientíficos, como dietas restritivas ou terapias alternativas sem evidência são adotados por famílias na esperança de “curar” ou melhorar a condição de seus filhos. Isso não só desvia os recursos financeiros e emocionais de tratamentos baseados em evidências, como também pode colocar em risco a saúde e o desenvolvimento dos indivíduos autistas. A desinformação pode levar ao atraso no diagnóstico e na intervenção precoce, dois fatores fundamentais para o progresso no desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação. Além disso, a desinformação sobre o autismo também influencia negativamente as políticas públicas. Decisões baseadas em informações incorretas podem resultar na formulação de políticas inadequadas ou ineficazes. A pressão dos grupos antivacina, alimentada por fake news, pode levar a políticas que reduzem a própria cobertura vacinal, colocando em risco a saúde pública e contribuindo para o ressurgimento de doenças erradicadas. A falta de compreensão correta sobre o TEA pode resultar na insuficiência de recursos destinados a programas de apoio e inclusão, prejudicando o acesso a serviços de saúde, educação e assistência social para a comunidade autista.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Fake News; 2. Autismo; 3. Jornalismo; 4. Desinformação; 5. TEA

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador