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ESTUDO COMPARATIVO DA APLICAÇÃO DE GALACTOMANANA, MUCILAGEM DE LINHAÇA E QUIABO EM MICROPROPAGAÇÃO VEGETAL

SANTOS, Erverton Henrique Silva ¹; SUCKOW, Neoli Lucyszyn ²
Curso do(a) Estudante: Licenciatura Em Química – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em Química – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A micropropagação vegetal, é uma técnica avançada e promissora no campo da biotecnologia vegetal. Esse método permite a reprodução rápida e em larga escala de plantas in vitro. Para isso, polissacarídeos são utilizados como agentes espessantes, aumentando a viscosidade do meio de cultivo, sendo o ágar o mais comum. No entanto, o ágar é a parte mais cara do processo, tornando necessária a busca por biopolímeros alternativos mais baratos e igualmente eficientes. OBJETIVOS: Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo testar o uso de goma guar, mucilagem de linhaça castanha e dourada, e quiabo em interação com ágar na micropropagação vegetal. MATERIAIS E MÉTODO: Para a obtenção dos polissacarídeos de sementes de linhaça marrom e dourada e frutos de quiabo, foi realizada extração aquosa em liquidificador seguida de filtração. Parte do extrato aquoso foi precipitado com etanol, seguido por secagem em estufa e moagem. Outra parte do extrato foi liofilizada. Os testes de micropropagação foram realizados a partir de explantes da planta aquática Alternanthera reineckii em meio de cultivo MS (Murashige e Skoog), que foi geleificado com ágar (6 g/L) ou misturas de ágar com goma guar, mucilagem de linhaça dourada, linhaça marrom ou mucilagem de quiabo (3/3 g/L de cada um dos polissacarídeos). Além disso, preparou-se todos os meios anteriores, adicionando hormônio benzil amino purina (BAP) ou ácido indol acético (AIA) a 1 mg/L. RESULTADOS: Foi observado que, na extração dos polissacarídeos, o rendimento foi satisfatório, com destaque para o material liofilizado utilizado nos testes de micropropagação. Em relação aos testes de micropropagação, os explantes cultivados em misturas de ágar e mucilagem de quiabo e ágar e mucilagem de linhaça dourada ficaram mais amarelados nos meios sem hormônios e em presença de BAP, em comparação aos meios com outros agentes geleificantes. Os melhores resultados de crescimento dos explantes foram obtidos para o meio sem reguladores de crescimento na mistura de ágar e mucilagem de linhaça marrom como agentes geleificantes. Por outro lado, no meio com BAP, o crescimento nas misturas de ágar e goma guar e ágar e mucilagem de linhaça dourada tiveram destaque. Em relação ao crescimento das raízes nos meios com AIA, o ágar sozinho apresentou melhores resultados, embora as raízes fossem em menor quantidade e mais finas. Nas misturas de ágar e goma guar e ágar e mucilagem de quiabo, o desenvolvimento foi menor, mas as raízes se apresentaram em maior quantidade e mais grossas. Houve pouco desenvolvimento de raízes nos meios com mucilagem de linhaça marrom e dourada como parciais substitutos do ágar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados indicam que a micropropagação vegetal é uma técnica potencialmente importante para a multiplicação rápida de espécies vegetais. A substituição do ágar por outros polissacarídeos mostrou-se eficaz, porém novos testes são necessários para avaliar combinações das concentrações dessas misturas de polissacarídeos com diferentes reguladores de crescimento. A otimização dessas técnicas pode levar a avanços significativos na biotecnologia vegetal, oferecendo alternativas viáveis e econômicas para a produção em larga escala de plantas.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Micropropagação vegetal; 2. Goma guar; 3. Ágar, 4. Mucilagem de linhaça, 5. Mucilagem de quiabo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador