SOFTWARE DEDICADO PARA ANÁLISE DOS SINAIS DOS INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS DE SOPRO NA REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA
INTRODUÇÃO: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma condição respiratória progressiva que obstrui o fluxo de ar e compromete significativamente a qualidade de vida. Embora tratamentos convencionais, como medicamentos e reabilitação pulmonar, sejam fundamentais, a Musicoterapia surge como uma alternativa promissora, oferecendo benefícios adicionais. OBJETIVOS: O projeto “Inspira-Som: Intervenções Musicais com Instrumentos de Sopro na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica” investiga a aplicação da Musicoterapia na reabilitação de pacientes com DPOC, utilizando a ocarina e a escaleta como instrumentos principais. Especificamente, o estudo visa compreender os protótipos funcionais dos instrumentos eletrônicos de sopro previamente construídos e/ou em desenvolvimento; aliar a linguagem MIDI aos protótipos em desenvolvimento; e adaptar os protótipos à linguagem MIDI por meio da interface em construção. MATERIAIS E MÉTODO: Para o desenvolvimento do primeiro protótipo, o foco inicial foi o circuito eletrônico, essencial para garantir o funcionamento adequado e a interação eficaz dos instrumentos com os usuários. O projeto iniciou com a construção da Ocarina eletrônica, um instrumento tradicional adaptado com tecnologias modernas para melhorar a terapia respiratória, assim como a Escaleta que está em processo de fabricação do protótipo. O desenvolvimento do protótipo seguiu uma abordagem iterativa, com ciclos contínuos de design, teste e ajuste. Cada fase foi acompanhada de perto para identificar e corrigir problemas, garantindo que o protótipo atendesse às expectativas e necessidades dos pacientes. Usando as seguintes, metodologias como em artigos científicos, vendo vídeos como base de design para os protótipos e consultando especialistas no qual, permitiu que a equipe adaptasse ao design e as funcionalidades do instrumento com base no feedback obtido durante os testes feitos em laboratório junto com a equipe do projeto. Além disso, foram realizados testes de funcionalidade e conforto com as pessoas do grupo de PIBITI para avaliar a eficácia do protótipo na prática terapêutica. A integração dos componentes eletrônicos com a impressão 3D e o software foi fundamental para criar um instrumento que não só fosse funcional, mas também intuitivo e motivador para os usuários. RESULTADOS: Inúmeras alterações no protótipo desenvolvido anteriormente foram implementadas a fim de se obter um protótipo mais eficaz e agradável aos usuários. A introdução do bocal removível e a substituição dos botões melhoraram significativamente a experiência geral, facilitando a interação e o uso do instrumento. Quanto ao desenvolvimento do software, encontrou-se alguns desafios. Inicialmente, o plano era usar um controlador MIDI para gerenciar o software. No entanto, não se obteve sucesso com essa abordagem. Então, decidiu-se desenvolver uma solução diferente, por meio de uma interface USB que se conecta diretamente ao computador. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Ocarina passou por várias fases de aprimoramento. Apesar dos desafios enfrentados, especialmente no desenvolvimento do software e na adaptação para uma interface USB, consegui-se produzir um protótipo funcional e eficaz. O uso do SolidWorks para modelagem e a análise das linguagens de programação foram cruciais para o sucesso parcial desse instrumento. O resultado foi um instrumento mais ergonômico e com um software que, embora tenha demorado para atingir o desempenho desejado, está evoluindo para atender às expectativas de fisioterapeutas e musicoterapeutas.
PALAVRAS-CHAVE: DPOC; Ocarina; Musicoterapia; Reabilitação Respratória; Instrumento Musical Eletrônico