PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: ABORDAGEM NO PROCEDIMENTO DE ULTRASSONOGRAFIA EM CÃES E GATOS
INTRODUÇÃO: Na década de 1960 a ultrassonografia ganhou espaço na área de clínica de pequenos animais como uma técnica em que auxilia o diagnóstico de doenças. Sua técnica é considerada operador dependente, em que há necessidade de habilidades e conhecimento para um exame fidedigno. O procedimento operacional padrão (POP) tem o intuito de encaminhar a execução de processos, garantindo qualidade, padronização e redução de erros. Com isto essa técnica pode auxiliar o sucesso do exame e reduzir o impacto de certas intercorrências. OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi a elaboração de um POP para padronizar a conduta do médico veterinário imaginologista a fim de manter a qualidade, minimizar erros e empregar o máximo de recursos para a utilização da tecnologia de ultrassonografia. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo teve como metodologia a observação da conduta dos imaginologistas diante de intercorrências apresentadas durante o exame, a fim de listar pontos críticos como o comportamento do paciente diante ao posicionamento, o estado em que o animal se encontra, a manipulação do paciente e outras considerações, com o intuito de estabelecer retificações de conduta e medidas mitigatórias. Inicialmente obteve-se informações de ocorrências durante os procedimentos, observados em relação à frequência e variações. A partir da observação, foi elaborado um fluxograma para a formulação de um procedimento operacional padrão. RESULTADOS: Cães foram 88%, gatos 12%, fêmeas 53% e machos 47%. Em relação às pessoas presentes na sala de exame, em 97% observou-se a presença de alunos no momento dos exames, em 29% os tutores responsáveis pelos animais estavam presentes e em 15% outros profissionais. A tricotomia foi realizada no momento do exame em 78% e em outro local como internamento ou em outro procedimento, em 22% dos exames incluídos. O paciente foi examinado no decúbito dorsal em 90% dos exames e no decúbito lateral em 10% dos exames. Em 70% dos exames o tutor não estava presente na clínica para o a comunicação com o examinador, nestes casos a comunicação foi realizada com o profissional responsável pelo animal (solicitante), 30% foram comunicados aos tutores durante ou depois do exame. 53% dos animais se encontravam calmos durante o exame, 31% dos pacientes foram considerados agitados, sendo definidos por não querer ficar no posicionamento ou se debater. 23% ficaram ofegantes durante o exame, 2% dos pacientes foram considerados agressivos, 18% dos pacientes vocalizaram e 2% dos pacientes se encontravam sedados para o procedimento. Em 42% dos exames ocorreram interrupções inadequadas; 8% dos animais urinaram durante o exame, 3% dos pacientes defecaram e 91% dos pacientes não tiverem nenhuma intercorrência. O tempo médio dos exames foi de 23 minutos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A elaboração de um procedimento operacional padrão pode auxiliar em inúmeras áreas profissionais dentro de uma clínica veterinária e em qualquer procedimento, tem como principal ponto manter a qualidade do exame/serviço e seus resultados diante das doenças observadas e intercorrências encontradas.
PALAVRAS-CHAVE: POP; Animais de companhia; Imagem; Fluxograma; Padronizações.