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EFICÁCIA E SEGURANÇA DE SOLUÇÃO OTOLÓGICA FORMULADA COM COMPOSTOS NATURAIS E COMPARAÇÃO COM TRATAMENTO CONVENCIONAL EM OTITE EXTERNA DE CÃES

SOUZA, Vitória Brígida Mielnik De ¹; BANNACH, Tatiana Charello ³; FARIAS, Marconi Rodrigues De ³; EVANGELISTA, Alberto Gonçalves ³; LUCIANO, Fernando Bittencourt ²
Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A otite externa é um dos principais problemas relatados por tutores de cães. Dentre suas principais causas, destacam-se infecções por leveduras do gênero Malassezia e bactérias como o Staphylococcus pseudintermedius, também apontados como agentes etiológicos de diversos outros problemas dermatológicos. Frequentemente, os tratamentos envolvem o uso de antibióticos, antifúngicos e corticoides, que embora tenham efeitos positivos, podem levar a sérios efeitos adversos e causar resistência antimicrobiana. OBJETIVOS: Este trabalho teve por objetivo avaliar uma apresentação comercial inovadora contendo extratos de camomila, calêndula, alecrim e lúpulo, e peptídeos antimicrobianos (T1) em comparação a terapia convencional, contendo gentamicina, clotrimazol e betametasona (T2), no tratamento da otite externa canina. MATERIAIS E MÉTODO: Foram avaliados 17 animais, sendo 9 para o T1, e 8 para o T2. As orelhas foram avaliadas individualmente. Foram selecionados cães com otite externa, que não estivessem apresentando outros problemas dermatológicos, e que não utilizaram nenhum tratamento por no mínimo 14 dias anteriores ao início deste estudo. Foram inseridos casos de otite aguda, ou então com status de cronicidade mas apresentando sintomas de crise aguda. O projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética ao Uso de Animais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Cada animal utilizou um dos tratamentos (T1 ou T2), com aplicação duas vezes ao dia. Os animais foram avaliados a cada 7 dias, por um período total de 28 dias, de acordo com a escala Otis- 3 (níveis de exsudação, eritema, edema e ulceração) escala visual de prurido (pVAS), pH, e escores citológicos de Malassezia, cocos e bacilos. Ainda, foi realizada a identificação dos agentes infecciosos por MALDI-TOF. RESULTADOS: Ambos os tratamentos apresentaram significante redução dos sinais clínicos, atingindo estatisticamente o mesmo resultado para todos os parâmetros avaliados, ao final do D28. Assim, observa-se que o T1, composto por ingredientes 100% naturais, tem o mesmo potencial de tratamento de compostos convencionais (T2), usados majoritariamente na clínica médica. Dentre os microrganismos identificados via MALDI-TOF, destacam-se os de gênero Proteus e Staphylococcus. Assim, mostrou-se que o T1 é uma opção para controlar otites externas causadas por microrganismos resistentes, além de não induzir a novos casos de resistência. Isso é imprescindível para uma boa conduta clínica, e para que sejam evitados problemas de saúde pública no futuro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O T1, com compostos 100% naturais, teve o mesmo efeito clínico que o T2, que apresenta compostos convencionais. Isso mostra a efetividade de compostos alternativos naturais, que podem ser aplicados para abordagens clínicas inovadoras, e que não possuam efeitos adversos. Embora os antibióticos, antifúngicos e corticoides sejam alguns dos principais fármacos utilizados no tratamento de otites externas, existem opções a eles, e que devem ser a primeira linha de escolha terapêutica.

PALAVRAS-CHAVE: Otite externa; tratamentos inovadores; extratos vegetais; peptídeos antimicrobianos; Malassezia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador