AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE TRÊS ÓLEOS ESSENCIAIS TESTADOS EM SUÍNOS DE MATERNIDADE
INTRODUÇÃO: A resistência aos antimicrobianos na suinocultura, devido ao uso excessivo desses medicamentos, exige alternativas seguras e sustentáveis como os óleos essenciais (OEs). Durante o período neonatal, os leitões são particularmente vulneráveis a infecções por diversos microrganismos diferente. Óleos essenciais como os de orégano, canela e eucalipto, demonstram eficácia antimicrobiana e propriedades imunomoduladoras, ajudando a reduzir bactérias patogênicas e promover o crescimento de bactérias benéficas na microbiota intestinal. Além disso, a aplicação tópica de OEs oferece proteção adicional contra infecções cutâneas, alinhando-se às demandas por práticas responsáveis e inovadoras na suinocultura. OBJETIVOS: . Testar a eficácia de três óleos essenciais (canela, eucalipto e orégano) de forma isolada e em associações em suínos desde o nascimento até 25° dia de lactação em uma granja com alta taxa prevalência para infecção natural por coccidiose e colibacilose. MATERIAIS E MÉTODO: A primeira fase envolveu quatro grupos experimentais, cada um composto por uma fêmea e 12 leitões. Os grupos receberam aplicações isoladas de óleo essencial de canela, eucalipto, orégano ou nenhum (grupo controle) até 8 horas após o nascimento, na dose de 1 UI na face interna da orelha. Monitoramento por 25 dias, com coletas fecais e análises microbiológicas e parasitológicas. Na segunda fase, os óleos essenciais foram testados em combinações e diferentes associações. Foram realizados exames coproparasitológicos e microbiológicos das amostras fecais utilizando técnicas de flutuação e meios de cultura apropriados. Nenhum animal pertencente aos grupos experimentais foi a óbito durante a execução do projeto. RESULTADOS: A primeira fase do estudo investigou a aplicação tópica de óleos essenciais em leitões recém-nascidos. Após a administração dos óleos essenciais (canela, eucalipto e orégano) e a observação dos leitões, o Grupo G1 (canela) apresentou eritema cutâneo e diarreia, com detecção de cistos de Balantidium spp. nas fezes. O Grupo G2 (eucalipto) também teve diarreia, com presença de oocistos de Eimeria spp., enquanto o Grupo G3 (orégano) exibiu oocistos de Cystoisospora spp. nas fezes. O grupo controle não apresentou alterações. Na segunda fase, a aplicação de óleos essenciais em diferentes mutações e métodos não revelou novas alterações, exceto por eritema no grupo que usou óleo de canela. O estudo foi interrompido após cinco dias devido ao uso de antibióticos, o que comprometeu a continuidade da pesquisa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo avaliou óleos essenciais (OEs) como alternativas a antibióticos na suinocultura. Embora promissores, os OEs apresentavam desafios como prejuízo e diarreia, e a interferência de medicamentos comprometeu os resultados. Mais pesquisas são úteis para otimizar dosagens e métodos, buscando alternativas seguras e eficazes na luta contra alternativas antimicrobianas.
PALAVRAS-CHAVE: 1. Infecções neonatais; 2. Óleos essenciais; 3. antimicrobianos; 4. Alternativas sustentáveis;