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AVALIAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS E ÓLEOS ESSENCIAIS MICROENCAPSULADOS COMO AGENTES ANTIMICROBIANOS PARA SUÍNOS

CUMAN, Bianca Faria ¹; BUZATTO, Ana Julia Carrasco ³; CATOIA, Mariana Regina Rosa ³; BEZ, Isabela Cristina Colaço ³; TAQUES, Mariana Blanc ³; COSTA, Leandro Batista ²
Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O uso de melhoradores de desempenho como ácidos orgânicos e óleos essenciais vem sendo utilizado como alternativas ao uso de antibióticos na produção de suínos por apresentarem propriedades antimicrobianas, capazes de inibir patógenos como Salmonella spp e E. coli e favorecer o desenvolvimento de Lactobacillus, ocasionando em melhoria do desempenho animal. OBJETIVOS: Determinar a concentração inibitória mínima (CIM), a concentração bactericida mínima (CBM) e avaliar a atividade antimicrobiana durante o processo de digestão in vitro de ácidos orgânicos e óleos essenciais contra Salmonella spp, E. coli e seus reflexos sobre os Lactobacillus. MATERIAIS E MÉTODO: A CIM e a CBM foram determinadas seguindo os procedimentos do Clinical and Laboratory Standards Institute (2021). A CIM foi definida como a menor concentração capaz de inibir 100% do crescimento bacteriano, enquanto a CBM foi avaliada nos tratamentos que apresentaram efeito positivo no CIM. Para a digestão in vitro foi utilizado um inóculo de 10⁷ UFC/mL em caldo MH para Salmonella spp. e E. coli e MRS para Lactobacillus. Os tratamentos estudados foram: 0 – controle negativo – dieta basal sem aditivos; CP – controle positivo – dieta + 0,120g/ton de hidroxiquinolina – halquinol; 200 – dieta + 200g/ton da combinação de AOs + OEs; 400 – dieta + 400g/ton da combinação de AOs + OEs; 800 – dieta + 800g/ton da combinação de AOs + OEs). RESULTADOS: No teste de CIM, os ácidos orgânicos não conseguiram inibir o crescimento de nenhuma das cepas de Salmonella spp., Escherichia coli e também não alterou a de Lactobacillus, apresentando CIM superior a 1.000 µL/L. Em contrapartida, os óleos essenciais mostraram eficácia com CIM de 1.000 µL/L para várias cepas de E. coli e Salmonella Agona. Contudo, algumas cepas como S. Cholerasuis e S. Typhimurium não foram inibidas. Quanto à CBM, foram observadas as seguintes proporções: a CBM foi de 1.000 µL/L para E. coli 6568/16, 4251/16, e Salmonella Agona. Para E. coli fígado e as cepas de Lactobacillus 04, 05 e 013, a CBM não foi determinada. No estudo de digestão in vitro, a população de Lactobacillus foi reduzida na fase estomacal e aumentou na fase intestinal com o aumento dos níveis de aditivos. Foi observado um efeito quadrático significativo na fase intestinal, sugerindo que a inclusão de aditivos na ração no nível de 430,4 g/ton proporciona os melhores resultados. A contagem de E. coli aumentou na fase estomacal com a inclusão de 200 g/ton de ração, enquanto na fase intestinal não houve diferença significativo. Para Salmonella spp., as contagens aumentaram na fase estomacal, com todas as inclusões de aditivos testados, mas não houve diferença significativa na fase intestinal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os ácidos orgânicos e óleos essenciais foram eficientes em promover aumento da população de Lactobacillus, no intestino, porém não apresentaram efeito para Salmonella spp e E. coli. Já o antibiótico foi eficiente no controle de E. coli e Salmonella spp. no estômago. Esses resultados destacam a necessidade de mais estudos para determinar as concentrações ideais e combinações desses aditivos para controlar bactérias presentes nas produções suinícolas.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Aditivos; 2. digestão in vitro; 3. melhoradores de desempenho; 4. Suinocultura

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador