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VALIDAÇÃO DA ESCALA MATERNAL POSTNATAL ATTACHMENT SCALE (MPAS) PARA USO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: ANÁLISE DE PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS

BLUME, Juliana Almendra ¹; MELO, Luiz Gustavo Piccoli De ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: Um bom vínculo afetivo estabelecido entre o cuidador primário (na maioria das vezes, a mãe) e um recém-nascido é fator determinante para um desenvolvimento infantil saudável. Uma das maneiras de se avaliar esse vínculo é através da Maternal Postnatal Attachment Scale (MPAS). Entretanto, essa escala foi adaptada e traduzida, mas não está validada para a população brasileira. OBJETIVOS: Realizar análise das propriedades psicométricas da versão traduzida da MPAS para a população brasileira. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo metodológico de validação para a população brasileira de um instrumento congruente com o original em que o processo de tradução e adaptação cultural já foram previamente realizados. Foi utilizada uma amostra de 166 puérperas com até 12 meses de puerpério. As participantes foram submetidas a um questionário constando dados sociodemográficos e a versão traduzida da MPAS. Foram realizadas as seguintes análises psicométricas: consistência interna, confiabilidade teste-reteste e concordância inter-avaliadores e intra-avaliadores. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (CAAE:70020823.7.0000.0020). Todos os participantes foram orientados sobre os objetivos do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: As mães tinham em média uma idade de 28 anos, tinham em média cerca de 12 anos de estudo e, em sua maioria, possuíam união estável. O escore global médio da MPAS foi de 85,5 (desvio-padrão = 6,64), com valor mínimo de 51,20 e máximo de 95,00, além de uma consistência interna de 0,76 (Alfa de Cronbach). Quanto aos domínios, a Qualidade de Apego apresentou uma média de 41,39 (desvio-padrão = 4,15), com valor mínimo de 3,60 e máximo de 45,00, e uma consistência interna foi de 0,56. O domínio Ausência de Hostilidade apresentou uma média de 20,04 (desvio-padrão = 3,21), com valor mínimo de 11,60 e máximo de 25,00, e consistência interna foi de 0,68. Já o domínio Prazer na Interação apresentou uma média de 23,60 (desvio-padrão = 2,77), com valor mínimo de 10,00 e máximo de 25,00, e uma consistência interna foi de 0,75. Em relação ao teste-reteste da escala, verificou-se um Coeficiente de Correlação intra-avaliadores de 0,478. Foi verificado um viés de 17,06 ± 3,96 de desvio-padrão pelo teste de Bland-Altman para as medidas intra-avaliadores. Na correlação inter-avaliadores, foi verificado um Coeficiente de Correlação Intraclasse de 0,89. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa avaliação preliminar dos resultados mostrou que o escore global médio da MPAS e o escore do domínio Prazer da Interação possuem uma consistência interna aceitável (Alfa de Cronbach >0,7). Já a consistência interna dos domínios Ausência de Hostilidade e Qualidade do Apego estão próximas do aceitável. Em relação ao teste-reteste da escala, o Coeficiente de Correlação Intra-avaliador mostrou uma confiabilidade razoável e o Coeficiente de Correlação Inter-avaliador mostrou uma confiabilidade excelente. Contudo, a amostra será ampliada e estes dados revisados previamente à elaboração do manuscrito científico, ampliando os dados de análise para correlação intra-avaliador.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Apego mãe-filho; 2. Relações mãe-filho; 3. Comportamento materno; 4. Desenvolvimento; 5 Validação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador