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ESTUDO DO EFEITO DA TEMPERATURA NA SECAGEM DA BORRA DE CAFÉ

LINERO, Helena Camargo ¹; MARIANI, Viviana Cocco ³; LEITE, Vinicius Reidorfer ³; MARIANI, Viviana Cocco ²; MARTIM, Emerson ²
Curso do(a) Estudante: Engenharia Química – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Engenharia Química – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Segundo o Ministério da Agricultura e da Pecuária, o Brasil é o maior produtor e segundo maior consumidor de café no mundo, que é também a segunda bebida mais consumida, ficando atrás somente da água. Ao longo dos anos, a necessidade de preservar a natureza, juntamente com o crescente consumo de energia e combustíveis, impulsiona cada vez mais pesquisas que buscam explorar novos meios de obtenção de energia de maneira renovável, dos quais a combustão de resíduos orgânicos apresenta papel significativo. A borra de café apresenta um potencial de queima similar ao do carvão e de outras biomassas, podendo ser uma opção interessante. A partir disso, o primeiro parâmetro a ser considerado para a valorização dos resíduos do consumo do café é a umidade presente, bem como o processo de secagem mais adequado. A secagem é um processo que envolve transferência de calor e massa, visto que consiste no aumento da temperatura a fim de vaporizar a água ou quaisquer componentes voláteis presentes na amostra. OBJETIVOS: O principal objetivo do presente projeto é verificar a impacto da temperatura de secagem da borra de café, sobretudo no rendimento de extração do óleo para a produção subsequente de biodiesel. MATERIAIS E MÉTODO: A borra de café úmida coletada passa por um processo de preparação antes de ser colocado no secador, passando por pesagens e peneiramentos. Para o processo térmico de secagem, foram pré-definidas cinco faixas de temperatura (60°C, 70°C, 80°C, 90°C e 100°C) e a coleta das amostras realizada a cada 30 minutos. Uma vez que as amostras estejam secas e as curvas definidas, foi analisado de maneira objetiva qual faixa de temperatura seria a ideal e criada uma nova planilha para otimização de processos, a fim de obter, assim, resultados coerentes e confiáveis. RESULTADOS: A curva de secagem mais uniforme e constante foi a 100°C, além de ter uma redução de umidade mais rápida quando comparada a outras temperaturas. Entretanto, a curva de 80°C também possui uma uniformidade satisfatória, e decréscimo de umidade próxima à da curva de 100°C. Considerando que por terem resultados similares, e que a 80ºC gasta menos energia, a secagem na temperatura de 80°C é a mais recomendada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Quanto maior a temperatura de secagem, menor foi o tempo para estabilização da secagem da amostra. A temperatura de secagem mais adequada é a 80ºC. Quanto aos modelos matemáticos realizados, pôde-se concluir que o de Page foi o que mais se aproximou da curva real obtida.

PALAVRAS-CHAVE: Borra de Café; umidade; secagem; otimização

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador