DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLO DE CONTROLE BIOLÓGICO PARA ARANHA-MARROM
INTRODUÇÃO: As denominadas ‘pragas urbanas’, tais como as aranhas do gênero Loxosceles, representam um sério problema para a sociedade, especialmente de Curitiba, que convive há 30 anos com elevadas populações de aranhas. Entre 2017 e 2021 foram registrados 39.409 de casos identificados de loxoscelismo no Brasil, predominando no Paraná, demandando por medidas preventivas que dependam do engajamento social. OBJETIVOS: Para abordar lacunas no manejo da aranha-marrom foi proposta uma alternativa baseada na utilização de predadores naturais e aranhas com hábito alimentar generalista. com destaque para Pholcus phalangioides (treme-treme) e Nesticuloides rufipes (aranha-vermelha). MATERIAIS E MÉTODO: O estudo envolveu a observação do comportamento das aranhas em ambientes experimentais simulando condições residenciais, utilizando viveiros verticais e horizontais. Foram registrados dados sobre a ocupação do ambiente, comportamento das aranhas e interações predatórias. RESULTADOS: Os resultados dos experimentos revelaram que a introdução da treme-treme como pioneira resulta em um controle limitado das populações da aranha-marrom, uma vez que frequentemente se escondiam atrás de objetos, evitando a predação. A análise da distribuição das aranhas no ambiente indicou preferência por locais mais escuros. As observações indicaram uma baixa movimentação das aranhas, especialmente da aranha-marrom, sugerindo uma possível resposta de evitação à presença das aranhas predadoras. Os resultados indicam que as aranhas treme-treme apresentam maior movimentação no interior dos viveiros visando a captura da aranha-marrom, mostrando-se mais adaptável do que aranha-vermelha. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora, a predação efetiva não tenha sido frequente, o fato da aranha-marrom se movimentar menos, pode ser um ponto favorável na diminuição do risco do encontro com os humanos.
PALAVRAS-CHAVE: Loxoscelismo; Controle biológico; Aranha-marrom; Aranha treme-treme; Aranha vermelha.