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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA GEOGRÁFICA NA CAPACIDADE OLFATÓRIA HUMANA

MOURA, Isabel Bernardes ¹; LOPES, Natália Medeiros Dias ³; ALBANESE, Maria Laura ³; FORNAZIERI, Marco Aurelio ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: O olfato é um sentido gerado pela ligação de partículas de odor aos receptores da mucosa olfatória e envolve complexas conexões neurais com o bulbo olfatório, tálamo, e outras estruturas corticais. A função olfativa, também relacionada a percepção de sabores e reações emocionais, pode ser afetada por diversos fatores como idade, sexo, transtornos emocionais, tabagismo e condições médicas. Estudos indicam que mulheres costumam ter melhor capacidade olfativa que homens, e o envelhecimento reduz essa capacidade, impactando a experiência gustativa e o apetite. Ainda, transtornos emocionais, fatores genéticos, traumas, doenças respiratórias e infecções contribuem para a variação olfativa, porém a influência de fatores culturais e geográficos ainda necessita de mais investigação. OBJETIVOS: Analisar a influência geográfica na capacidade olfatória humana e avaliar as características demográficas e sua relação com a sensibilidade na capacidade olfativa. MATERIAIS E MÉTODO: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CEP-PUC/PR). Foi realizada uma entrevista inicial com os participantes, depois iniciamos os testes olfatórios com o Sniffin’ Sticks encurtado em 8 passos, o qual foi realizado duas vezes em um intervalo de 15 minutos. Depois aplicamos o questionário PHQ-9 e o teste de sensibilidade trigêmeo olfativo. Por fim, os participantes aferiram o fluxo inspiratório nasal com a máscara PNIF e receberam um contador olfatório. RESULTADOS: Não foi observado diferença estatística na sensibilidade olfatória em ambos os sexos nos resultados dos testes de limiar olfatório e trigeminal, mas foi observado diferença estatisticamente relevante no resultado do contador de dedos e PNIF, que evidenciaram uma média superior em indivíduos do sexo masculino, e também no resultado do PHQ-9, com média superior à feminina. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo buscou descrever a sensibilidade olfatória dentro do subgrupo brasileiro e analisar as características demográficas da amostra coletada. Logo, concluímos que, diferente do que já é postulado na literatura, não foi possível identificar uma diferença olfatória estatisticamente relevante entre os sexos. Também evidenciamos que os homens pontuaram mais no PNIF e as mulheres no questionário PHQ-9. Tal resultado, unido a outros fatores, pode explicar a disparidade de informações quando comparadas a demais pesquisas.

PALAVRAS-CHAVE: Sensibilidade olfatória; Variabilidade transcultural; Sniffin’ Sticks; Odorante; Olfato

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador