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A VARIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE APÓS TRÊS MESES DE ALTA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

TIBA, Maria Nesryn ¹; MOSER, Auristela Duarte De Lima ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Pacientes admitidos na UTI enfrentam um risco elevado de desenvolver a Síndrome Pós Unidade de Terapia Intensiva (PICS), que inclui déficits físicos, cognitivos e mentais persistentes após a alta hospitalar, impactando a funcionalidade e qualidade de vida. OBJETIVOS: Avaliar a variação da funcionalidade de pacientes críticos após 3 meses de alta da UTI e descrever as características epidemiológicas dos pacientes na admissão da UTI, bem como comparar o escore WHODAS em quatro momentos distintos. MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo de coorte prospectivo, realizado entre 05 de fevereiro e 18 de julho de 2024, avaliou a funcionalidade de pacientes internados em UTIs de Curitiba, Paraná, Brasil. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, com previsão de permanência superior a 48 horas na UTI, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Excluíram-se casos de cirurgia eletiva, prognóstico de vida inferior a 12 meses, cuidados paliativos exclusivos, internação hospitalar superior a 10 dias antes da admissão na UTI, internação em UTI nos últimos 90 dias e ausência de contato telefônico. A funcionalidade foi avaliada com o WHODAS 2.0 em quatro momentos: admissão na UTI, alta da UTI, e 30 e 90 dias após a alta. As análises estatísticas compararam os escores do WHODAS entre os quatro momentos usando o teste de Friedman e comparações post hoc ajustadas, com significância definida em 5%. RESULTADOS: Entre 05 de fevereiro e 18 de julho de 2024, 454 pacientes foram avaliados, dos quais 103 foram incluídos no estudo. Dos 96 pacientes vivos na alta da UTI, 52 participaram do acompanhamento de 90 dias. A média de idade dos participantes foi de 64 anos, com predominância masculina (69,2%) e a principal fonte de custeio sendo o SUS (80,8%). A análise da funcionalidade com o WHODAS 2.0 revelou uma piora significativa na funcionalidade 30 dias após a alta, com um WHODAS médio de 30,3, comparado à admissão (WHODAS médio de 22,8) e à avaliação de 90 dias (WHODAS médio de 24,1). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo demonstrou que a recuperação funcional de pacientes críticos após a alta da UTI é um processo complexo e prolongado, frequentemente marcado por piora inicial seguida de recuperação gradual. A utilização do WHODAS 2.0 demonstrou ser eficaz na avaliação da funcionalidade, destacando a necessidade de intervenções contínuas e suporte integrado para melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes da UTI.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome pós-UTI; 2. Funcionalidade;. Unidade de Terapia Intensiva; WHODAS 2.0; Cuidados Intensivos.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBITI (MAI-DAI).
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador