EFEITOS DE DIFERENTES NÍVEIS NUTRICIONAIS EM DIETAS PARA VACAS EM LACTAÇÃO SOBRE A PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE EM SISTEMA DE ORDENHA ROBOTIZADA: ACOMPANHAMENTO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES BÁSICAS

INTRODUÇÃO: Os níveis nutricionais e seus respectivos custos impactam diretamente os resultados da bovinocultura leiteira, especialmente quanto ao desempenho produtivo, reprodutivo, sanitário, comportamental e econômico. E um dos principais itens de custo é o fornecimento de compostos nitrogenados. Desta forma, produtores sempre buscam otimizar os custos da dieta, especialmente quanto aos teores de proteína bruta. Porém, há situações em que as recomendações básicas do NASEM (2021) podem não estar sendo atendidas, o que comprometeria o resultado do rebanho. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos de uma dieta baseada em requerimentos atuais para vacas em lactação (NASEM, 2021), comparada com a dieta tradicionalmente utilizada na Leiteria da Fazenda Experimental Gralha Azul, sobre parâmetros de produção, composição do leite e comportamento junto ao sistema de ordenha robotizada. MATERIAIS E MÉTODO: Utilizou-se um delineamento experimental controlado com 50 vacas leiteiras, divididas em dois grupos: Controle (C) e Tratamento (T). O grupo Controle recebeu uma dieta padrão, com proteína bruta formulada próximo de 16,4% da matéria seca (MS), enquanto o grupo Tratamento recebeu uma dieta com proteína ajustada, com 17,8% PB na MS. Foram realizadas três fases experimentais de 21 dias cada, totalizando um período de fornecimento de 63 dias. Os parâmetros analisados incluíram a produção de leite, composição do leite (teores de gordura, proteína, lactose, sólidos totais e nitrogênio ureico), contagem de células somáticas, e escore de células somáticas. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a dieta ajustada com maior teor de proteína não apresentou diferenças estatisticamente significativas na produção diária de leite ou na composição do leite em comparação com a dieta controle. No entanto, houve uma tendência de maiores níveis de nitrogênio ureico no leite no grupo T, sugerindo que o aumento de PB pode ter resultado em maior excreção de nitrogênio, sem ganhos adicionais. Além disso, a análise das dietas e das sobras indicou uma seleção significativa dos animais pela dieta, o que pode ter impactado a composição do leite. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não houve diferenças significativas em produção ou composição do leite no grupo com maior de PB, exceto pelo aumento de nitrogênio ureico no leite.

PALAVRAS-CHAVE: Dieta de lactação; nutrição proteica; produção de leite; ordenha robotizada; eficiência.