VALIDAÇÃO CLÍNICA DO TESTE OLFATÓRIO OLFATO-UP NA TRIAGEM DE PACIENTES COM PERDA OLFATÓRIA

INTRODUÇÃO: A perda olfatória, antes da pandemia, estava presente em cerca de 20% da população. Como atualmente prevalece testes olfatórios caros e de difícil aplicação na prática clínica no Brasil, faz-se necessário o desenvolvimento e a validação de testes simples, baratos e fácil acesso. OBJETIVOS: Nesse sentido, este estudo teve como objetivo principal a validação do teste olfatório OLFATO-UP na triagem de pacientes com disfunção olfatória, comparando sua eficácia com o teste padrão-ouro UPSIT e investigando sua correlação com a idade e o sexo dos pacientes. MATERIAIS E MÉTODO: Realizado de forma transversal, foram recrutados pacientes com perda olfatória diagnosticada com o teste UPSIT. Em seguida, foi realizado o teste OLFATO-UP em todos os pacientes. RESULTADOS: Os resultados do estudo indicaram que o OLFATO-UP apresenta correlação positiva com o UPSIT (rho=0,6), confirmando sua validade como teste olfatório. Além disso, observou-se uma pequena correlação negativa (rho=-0,28) entre o novo teste olfatório e a idade dos pacientes, o que sugere uma tendência de perda olfatória relacionada ao envelhecimento. Por outro lado, não foi identificada correlação entre o teste OLFATO-UP e o sexo dos pacientes, o que apresenta o teste como igualmente válido para homens e mulheres. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados deste trabalho, associados com o fato do OLFATO-UP ser um teste barato, simples, reutilizável e rápido, respaldam a necessidade de incorporar o novo teste na prática clínica dos médicos para que disfunções olfatórias possam ser diagnosticadas e tratadas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: Perda olfatória; Teste olfatório; Validação; OLFATO-UP; UPSIT.