EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE UM PROBIÓTICO À BASE DE BACILLUS SUBTILIS E BACILLUS LICHENIFORMIS SOBRE PESO VIVO, ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL, PARÂMETROS METABÓLICOS, CARACTERÍSTICAS DAS FEZES E DISTÂNCIA DE FUGA DE VACAS EM LACTAÇÃO

INTRODUÇÃO: A automatização da ordenha, através do sistema de ordenha robotizada (SOR), visa melhorar a produção de leite e a qualidade de vida dos produtores. Embora tenha demonstrado redução de mão de obra em 29%, a viabilidade econômica é uma preocupação devido aos altos custos de instalação e manutenção. O bem-estar animal é beneficiado, já que o SOR permite o acesso livre das vacas à ordenha, minimizando o estresse e distúrbios comportamentais. A alimentação em SOR difere da ordenha convencional, com a oferta de concentrado na unidade de ordenha e na dieta parcial misturada (PMR). A manipulação do ecossistema ruminal com probióticos, como bactérias (Lactobacillus sp, Enterococcus faecium, Bacillus sp e outros) e leveduras (Saccharomyces cerevisiae) é uma estratégia para melhorar a eficiência do SOR e a saúde das vacas em dietas ricas em carboidratos e proteínas. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementação de um probiótico à base de B. subtilis e B. licheniformis sobre características corporais, parâmetros metabólicos, características das fezes e distância de fuga de vacas em lactação de vacas da raça Holandesa, na Leiteria da Fazenda Experimental Gralha Azul. MATERIAIS E MÉTODO: Conduziu-se experimento na FEGA, da PUCPR. Entretanto, não foi possível a realização do projeto inicialmente proposto, tendo sido realizada a avaliação da comparação de desempenho de animais primíparos e multíparos. Foram coletados dados mensalmente diretamente do software de gestão do SOR, para consumo de ração no robô até o pico de produção, além da produção de leite. Está apresentada a estatística descritiva. RESULTADOS: O número médio de lactações observado foi relativamente baixo (2,21,1), indicando possivelmente uma elevada taxa de descarte de animais no rebanho. O consumo médio de ração no robô foi de 4,50,5 kg/vaca/dia. O consumo total de ração até o pico de produção foi de 325,196,5 e 270,9116,1 kg/vaca, respectivamente para primíparas e para multíparas. Este maior consumo se explica em razão do pico mais tardio de produção dos animais de primeiro parto. Já o consumo médio diário até o pico foi de 4,30,3 e 4,60,6 kg/vaca/dia, para primíparas e multíparas, respectivamente. A diferença de consumo foi relativamente baixa e, como a produção média diária até o pico foi superior para as vacas de segundo ou mais partos, elas foram mais eficientes, com menor consumo de ração por kg de leite produzido até o pico (0,1390,008 vs 0,1050,013 kg ração/kg leite). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não foi possível a realização do projeto original. Optou-se por comparar o desempenho de multíparas e primíparas em sistemas de ordenha robotizada. Multíparas apresentaram melhor desempenho que primíparas em produção de leite e em consumo de ração, com menor quantidade de ração consumida por kg de leite.

PALAVRAS-CHAVE: Ordenha robotizada; Consumo de ração; Ordem de parição; Raça Holandesa