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LEVANTAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE DADOS SOBRE O ENSINO DE ERGONOMIA NO BRASIL: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O LEVANTAMENTO COLABORATIVO DE INFORMAÇÕES

BRUNS, Gabriela ¹; BITENCOURT, Rosimeire Sedrez ²
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Colégio do(a) estudante: Colégio Estadual Costa Viana.
Supervisor(a) Antonio Flavio Claras. Curso do(a) Orientador(a): Engenharia De Produção – Escola Politécnica – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Uma das formas de contribuir para a prevenção de doenças ocupacionais é por meio da aplicação da ergonomia, por ser uma disciplina científica que estuda as interações existentes entre o ser humano e o sistema de trabalho como um todo, a fim de otimizar o bem-estar humano assim como o desempenho geral do sistema. De tal maneira, é pertinente que os profissionais que possam atuar nesta prevenção tenham esta disciplina durante a sua formação. Uma das áreas que se entende poder contribuir é a área da saúde, entretanto, não foram identificados quaisquer levantamentos sobre como tem sido o ensino da ergonomia em cursos desta área. Ainda, vale ressaltar, que o setor econômico com maior número de afastamentos do trabalho é justamente o da saúde, especificamente o setor hospitalar. Saber como está ocorrendo a formação destes futuros profissionais poderá contribuir para o desenvolvimento de indicadores e ações. OBJETIVOS: Portanto, o objetivo desse projeto de iniciação científica júnior é realizar um levantamento e estruturação de dados sobre como tem sido realizado o ensino da ergonomia em cursos de graduação da área da saúde no Brasil, de forma a contribuir para o desenvolvimento de indicadores que possibilitem a proposição de ações para diminuir o número de afastamentos. MATERIAIS E MÉTODO: Para tanto, realizou-se uma pesquisa de natureza básica e abordagem quali-quantitativa. Foram levantadas as disciplinas trabalhadas em cada curso, com base nos sites das instituições. Os dados coletados foram analisados e gráficos foram desenvolvidos para a melhor visualização. No escopo dessa pesquisa foram investigadas as universidades com centros de pesquisa em ergonomia nos estados de: Alagoas, Amapá, Ceará, Sergipe, Maranhão, Paraíba, Rondônia, Amazonas, Piauí, Pará, Tocantins, Roraima, Rio Grande do norte, Minas Gerais, São Paulo. Os demais estados ficaram no escopo do outro projeto de iniciação científica. RESULTADOS: Ao todo foram investigadas 12.343 disciplinas integrantes das grades curriculares destes cursos. As disciplinas relacionadas com ergonomia foram divididas em 3 categorias: Disciplinas de ergonomia, disciplinas de ergonomia com outros assuntos e disciplinas correlatas. Com base nesse levantamento, do total de disciplinas investigadas apenas 1,18% são disciplinas de ergonomia, correlatas e ergonomia com outros assuntos. Entretanto, deste total 89,34% são de disciplinas que não necessariamente tratam o tema com a profundidade necessária. Enquanto o estado de São Paulo apresenta 49,1% das disciplinas relacionadas com ergonomia, há estados em que não foram identificadas nenhuma disciplina relacionada com a ergonomia em sua grade curricular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados apontam o baixo número de disciplinas de ergonomia e correlatas na grade curricular de cursos da área da saúde, as quais poderiam contribuir com a prevenção de doenças ocupacionais. Recomenda-se o desenvolvimento de indicadores e ações no contexto da formação destes futuros profissionais de forma que se possa contribuir para diminuição dos afastamentos por doenças ocupacionais. Por fim, sugere-se que pesquisas desta natureza sejam ampliadas para outros cursos e áreas que também possam contribuir para a diminuição do número de afastamentos do trabalho em decorrência de doenças ocupacionais, até porque o preço desta ineficiência é pago também pela sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Ergonomia; Ensino; Área da saúde; ABERGO.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC Jr.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador