EDUCAÇÃO E BEM-ESTAR: RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DA INFÂNCIA

INTRODUÇÃO: Este projeto de iniciação científica tem como pergunta/problema de pesquisa: Quais estratégias podem ser adotadas pelas escolas para promoção da saúde e bem-estar de crianças e adolescentes? OBJETIVOS: Mapear as concepções sobre bem-estar de estudantes, profissionais da educação e familiares dos estudantes, em contextos pós-pandemia covid-19; Relacionar a garantia de direitos nos cotidianos das infâncias e adolescências com as percepções sobre bem-estar enunciadas coletivamente, em contextos pós-pandemia covid-19; Identificar estratégias para formação de profissionais da educação na promoção e fortalecimento coletivo do bem-estar (das gerações atuais e futuras) nos contextos escolares e comunitários; Promover a construção corresponsável de tecnologias para o desenvolvimento sustentável e melhora da qualidade de vida no contexto escolar e comunitário. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi orientada na abordagem qualitativa, com desenvolvimento dos procedimentos de pesquisa de revisão de literatura, pesquisa de documentos nacionais e internacionais e análise de dados empíricos, conforme as etapas previstas no plano de trabalho. Na pesquisa empírica foram ouvidos três grupos de participantes: estudantes (crianças e adolescentes), profissionais da educação e familiares e ou responsáveis legais dos estudantes. A adesão de treze instituições – três bolivianas, quatro brasileiras, uma colombiana, uma chilena e quatro mexicanas. RESULTADOS: Os resultados produzidos no decorrer do primeiro semestre, advêm da pesquisa de revisão na plataforma SciElo e da contribuição na sistematização dos dados coletados na pesquisa empírica, em especial nas questões que compõem o bloco sobre o direito à saúde. Na busca na plataforma SciElo, a partir dos descritores “saúde AND escolas” e aplicação de filtros específicos, foram localizados 161 artigos, os quais estão sendo submetidos à análise a partir de critérios de inclusão e exclusão. A adesão de treze instituições – três bolivianas, quatro brasileiras, uma colombiana, uma chilenas e quatro mexicanas. A organização de dados resultantes da coleta realizada no segundo semestre de 2022, abrangeu as respostas sobre saúde de 462 estudantes, 125 profissionais da educação e 95 familiares, totalizando 682 participantes. Foram analisadas no trabalho de Iniciação científica respostas de 21 questões, sendo 5 respondidas pelos estudantes, 8 pelos educadores, 8 pelos familiares. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse momento do estudo, observamos os reflexos da pandemia na saúde mental dos jovens, como um dos fatores indicados nas pesquisas analisadas, que contribuem na construção de uma noção de bem-estar e qualidade de vida. A análise dos dados de campo, da pesquisa em desenvolvimento já apresenta indicativos da importância da escola na garantia de direitos, em foco educação e saúde. A efetiva intersetorialidade nas ações de saúde e educação requer escuta ativa dos educandos, a fim de que se percebam as demandas, sentimentos, medos, vontades, desejos, saberes próprios e desafios enfrentados por cada estudante.

PALAVRAS-CHAVE: Educação; Bem-estar; Direito à saúde; Pobreza infantil; Qualidade de vida.