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CONSOLIDAÇÃO DO MOVIMENTO MULHERISMO NO JORNALISMO BRASILEIRO

PELEGRINI, Bruna Naomi Noda ¹; ABECHE, Daniel Pala ²
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Curso do(a) Estudante: Jornalismo – Escola de Belas Artes – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Publicidade E Propaganda – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O preconceito é algo que muitos já falam e pensam, sendo uma forma de silenciamento de partes da sociedade, daqueles que não são ouvidos e vistos, mesmo assim possui algumas vertentes que estão escondidas dentro do que já está na margem da sociedade, tal como Trivinho (2018) aborda sob a alcunha de violência invisível, aquilo que, embora violento, esteja normatizado e seja materializado como silêncio a partir da alteridade. Neste trabalho é abordado uma dessas vertentes que está na margem da sociedade, o movimento mulherismo, sendo a junção da luta contra o feminismo e contra o racismo estrutural, ou seja as mulheres negras. OBJETIVOS: O presente trabalho tem como principal objetivo entender a participação das mulheres negras dentro do jornalismo brasileiro, trazendo uma análise e discussão pautadas na trajetória das jornalistas Glória Maria e da Maju Coutinho. MATERIAIS E MÉTODO: Para a análise, foi considerada uma pesquisa exploratória e a discussão pautada em reflexões sobre o o racismo estrutural, a partir de Silvio de Almeida, das questões envolvendo o feminismo e a negritude, a partir dos trabalhos de Bell Hooks e Djamila Ribeira, e reflexões sobre o contexto sociológico desses fenômenos, a partir dos estudos de Trivinho, Virilio e Abeche. Também foi abordado o silêncio em sua complexidade a partir das concepções de Eni Orlandi. Se tratando de uma pesquisa na área da comunicação, através de estudos de casos e análise de conteúdo, objetiva-se retratar envolvimento desse movimento dentro do jornalismo brasileiro, trazendo as duas figuras principais dessa representatividade à frente do telejornalismo, das câmeras: Glória Maria, como pioneira e Maju Coutinho, contemporaneamente. RESULTADOS: Embora décadas separem o início da carreira de ambas jornalistas, ambas enfrentaram o racismo e julgamento popular, mesmo em condições midiáticas e temporais divergentes. Muito se deve ao racismo estrutural como condição social ainda persistente e aos sintomas da pós-modernidade, que ressoam na sociedade a partir do dinamismo das relações, da velocidade e de uma certa afasia social. Tudo isso é materializado por um silêncio que representa a violência invisível. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A representatividade da mulher negra no jornalismo brasileiro tem a prerrogativa de garantir o futuro mais inclusivo das próximas gerações para que paulatinamente a situação do racismo estrutural seja revista e diminuída. Após essa análise, é possível verificar que essa representatividade está em duas grandes jornalistas negras, uma que fez história e outra que está aumentando as conquistas, mesmo com as condições adversas e insistência das manifestações de racismo pela audiência.

PALAVRAS-CHAVE: Mulherismo; Jornalismo brasileiro; Silenciamento; Racismo; Telejornal.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador