INTERFACE ENTRE O EDUCAÇÃO E A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR: O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DA CRIANÇA QUE VIVENCIA A VIOLÊNCIA

INTRODUÇÃO: Essa pesquisa nasce da partir da inserção profissional da acadêmica em instituição de ensino de cunho social, tive a oportunidade de examinar de forma aprofundada a dinâmica do ambiente escolar, além de estabelecer interações diretas com as crianças e suas famílias. No decorrer dessa experiência, deparei-me com a identificação de várias crianças que estavam atravessando circunstâncias de violência, revelando a necessidade premente de uma abordagem atenta e protetora por parte de todos os atores envolvidos no âmbito educativo OBJETIVOS: A presente pesquisa teve como objetivo analisar os impactos no desenvolvimento educacional da criança que vivencia a violência doméstica MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi conduzido pela metodologia de pesquisa exploratória de caráter qualitativo com ênfase na pesquisa bibliográfica, amparado por pesquisa de dados e definições a partir de estudos de diferentes autores. RESULTADOS: Dentre os resultados alcançados, identificamos que a problemática da violência afeta indivíduos na sociedade de diversas maneiras, independentemente do grau ou tipo de violência, e também abrange uma variedade de públicos em que se manifesta. Nesse contexto, emergem distintos tipos de violência, sendo relevante enfatizar a incidência da violência doméstica contra mulheres. Embora este não seja o foco central da presente pesquisa, é importante ressaltar que a presença de violência no ambiente familiar frequentemente afeta crianças adolescentes e jovens que ali vivem. A violência doméstica contra a mulher, mesmo quando o agressor não direciona a violência para a criança, essa já é uma vítima de violência, isso pois temos uma modalidade de violência que é a psicológica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados revelam que há muita violência presente nos supostos lares das crianças e adolescentes, nesses dados apontados, é possível se questionar o porquê essas violências são encobertas. O artigo aponta que o medo de denunciar esses episódios de violência cometidos principalmente pelas pessoas que deveriam proteger as próprias crianças e adolescentes, tais como os pais, familiares, amigos, conhecidos, cuidadores, polícia e outras pessoas investidas de algum poder na comunidade. É possível também
indicar, a partir das informações coletadas, que há uma aceitação social da violência contra crianças e adolescentes utilizada como justificativa de “educar”. Essas violências são manifestadas como castigo físico, humilhação, intimidação e assédio sexual, especialmente quando não produzem danos físicos, visíveis e duradouros. Dessa forma, almejamos que este trabalho contribua para fomentar diálogos e reflexões sobre as a violência que atinge milhares de crianças e adolescentes impactando diretamente, não apenas na sua infância, mas deixando marcas para sua vida.

PALAVRAS-CHAVE: Violência; Criança; Educação; Família.