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VIOLÊNCIAS E MASCULINIDADES HEGEMÔNICAS: UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES E DESCONSTRUÇÕES DO SER “MACHO” NO BRASIL

KOCHI, Jéssica Miyuki ¹; FERNANDES, Solange ²
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Curso do(a) Estudante: Serviço Social – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Serviço Social – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A proposta do atual objeto de pesquisa nasceu das experiências de estudos anteriores das categorias patriarcado, gênero, raça e classe foi possível compreender como essa relação de dominação e poder dos homens sobre as mulheres se estruturou em diversas culturas, e, partindo desse acúmulo e diversos questionamentos, foi possível elaborar essa proposta de estudo OBJETIVOS: analisar as relações existentes entre a masculinidade hegemônica e as expressões da violência, buscando compreender de que modo as novas narrativas construídas no século XXI sobre o modo de ser homem, vêm impactando as tradicionais convicções dos homens. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi conduzido pela metodologia de pesquisa exploratória de caráter qualitativo com ênfase na pesquisa bibliográfica, amparado por pesquisa de dados e estatísticas em plataformas governamentais e não governamentais RESULTADOS: Dentre os resultados alcançados, identificamos que os índices de violência contra mulher, perpetrado em feminicídio, estupro e estrupo de vulnerável, mostram que além de serem homens os maiores autores de violência, em sua maioria são cometidos por companheiros, excompanheiros e parentes próximos das vítimas. Em relação aos índices de homicídios os dados mostram que em todas as subcategorias de mortes violentas intencionais, os homens representam mais de 90% das vítimas e possuindo também, maior incidência nos casos de suicídio, muito relacionado aos métodos mais fatais selecionados. No que se refere a violência contra a população LGBTQIA+, a produção de dados concretos ainda é insuficiente, tanto por falta de informações nas instituições de pesquisa governamentais que não fazem o recorte desse grupo, quanto pelos dados reduzidos por problemas de subnotificação nos registros de ocorrências nas delegacias. É por meio das pesquisas realizadas por movimentos sociais, organizações da sociedade civil e entidades acadêmicas que é viável o acesso a algumas estatísticas, que mostram que os grupos mais violentados são as mulheres trans. É por meio das pesquisas realizadas por movimentos sociais, organizações da sociedade civil e entidades acadêmicas que é viável o acesso a algumas estatísticas, que mostram que os grupos mais violentados são as mulheres trans. O mapeamento de grupos de masculinidade mostrou que em 2020, o Brasil contava com cerca de 312 iniciativas de grupos para homens autores de violência, porém em âmbito nacional ainda não é possível avaliar os resultados alcançados, visto que não há um padrão de aferição e cada iniciativa utiliza métodos diferentes. Em relação às iniciativas sobre masculinidades, foram encontradas 25 ativas, a maioria no estado de São Paulo, com temas envolvendo as múltiplas expressões de masculinidades, paternidade, saúde masculina, aspectos culturais, de justiça social, aspectos econômicos e o tema da violência em suas diferentes expressões, organizados em palestras, encontros, produção de conteúdo virtual em forma de matérias, cursos, vídeos para o Youtube e Podcasts. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatamos que existem novas narrativas construídas no século XXI que falam sobre as múltiplas masculinidades negras, amarelas, LGBTQIA+, entre outras que possuem ainda inúmeros obstáculos impostos pela masculinidade hegemônica. Dessa forma, esperamos que o trabalho contribua para fomentar diálogos e reflexões sobre as representações de gênero que desejamos produzir e reproduzir socialmente na busca de uma sociedade equânime, antipatriarcal, antirracista, na luta contra todas as formas de violência.

PALAVRAS-CHAVE: Masculinidade hegemônica; Gênero, violência; Masculinidades múltiplas.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador