Logo PUCPR

ESTUDO PROSPECTIVO DA REFERÊNCIA AO SERVIÇO DE NEFROLOGIA

CIRINO, João Vitor Tkaczuk ¹; RIBEIRO, Silvia Carreira ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) tem por objetivo propiciar um acesso equitativo e gratuito à saúde, para isso há uma hierarquização dos níveis de cuidado ao usuário, a fim de aumentar a capacidade de atendimentos e o poder de resolução de problemas de saúde da população. Assim, quando é necessário haver uma comunicação com o Serviço Especializado, o médico da Atenção Básica deve proceder ao Encaminhamento, por meio o formulário de Referência que deverá conter informações mínimas do paciente e por vezes exames necessários para o correto atendimento da especialidade referenciada. Um dos principais motivos para busca ao atendimento do serviço de nefrologia é a Doença Renal Crônica (DRC) que impõe altas taxas de mortalidade e morbidade. É essencial o correto reconhecimento de fatores de risco para a DRC na atenção primária e o encaminhamento adequado para o serviço de nefrologia. A qualidade dos encaminhamentos médicos precisa ser aprimorada, evitando atrasos e desperdícios no atendimento especializado. OBJETIVOS:  1. Identificar os principais motivos de encaminhamento à especialidade de Nefrologia 2. Verificar se os dados clínicos foram preenchidos no Formulário de Referência à Especialidade 3. Verificar se os dados laboratoriais e/ou de imagem foram enviados ao médico especialista 4. Avaliar se os motivos de encaminhamento estão em acordo com o preconizado para a especialidade.  MATERIAIS E MÉTODO: Estudo observacional descritivo em que os encaminhamentos recebidos pelo Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Curitiba, PR foram avaliados de maneira prospectiva. RESULTADOS: Foram coletados dados de 402 encaminhamentos para o serviço de nefrologia. Apenas 260 (64,7%) tinham um motivo válido para o encaminhamento, enquanto 142 (35,3%) não continham informações sobre o motivo. Dos pacientes regulados, 230 continuarão sendo acompanhados pelo ambulatório de Nefrologia, e 172 (42,7%) receberam alta. A média de idade dos pacientes foi de 63,8 ±15,0 anos, sendo 54,7% mulheres. 45,77% apresentavam DM ou HAS. A mediana da TFG foi de 44,0, com a maior frequência entre os estágios G3a e G3b da DRC (TFGe entre 60 e 30 ml/min). A maior frequência de RAC ocorreu entre 0 e 300 mg/g, classificado como A1 e A2 da DRC. Além disso, apenas 42,5% dos encaminhamentos continham informações sobre fármacos utilizados, enquanto 53,7% apresentavam exames laboratoriais ou de imagem. Dentre os 101 encaminhamentos com informações de TFG e RAC, 72 (71,2%) tinham elevado risco relacionado à DRC. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Medidas educacionais futuras poderiam minimizar os erros de encaminhamento. Essas poderiam ser iniciadas pelos distritos que mais cometem esses erros. A integração do sistema de prontuários da prefeitura com a Santa Casa de Curitiba, PR poderia facilitar o acesso a informações sobre o paciente em consulta. Isso reduziria o custo e levaria a otimização do tempo tanto dos prestadores de saúde como do próprio usuário.

PALAVRAS-CHAVE: SUS; Doença renal crônica; Encaminhamentos; Nefrologia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador