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PUNIÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO NAS ESCOLAS: A RESPONSABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO ACERCA DO BEM-ESTAR DE SEUS ALUNOS

OLIVEIRA, Pedro Henrique Lopes De ¹; LIMA, Cezar Bueno De ²
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Curso do(a) Estudante: Bacharelado Em Ciências Sociais – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em Ciências Sociais – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Ao abordar a temática da violência nas escolas, explicita-se a necessidade de levar em consideração diversos aspectos que corroboram com a sistematização presente nas relações sociais encontradas no espaço escolar. Neste contexto, em que a ordem e o controle são prerrogativas no funcionamento da estrutura escolar, a violência serve de artifício disciplinador que reprime as ações contrárias às imposições colocadas sobre os estudantes. Essa violência é demonstrada através de punições pelas quais os funcionários das instituições de ensino aderem, de modo a consolidar a sua posição nesta relação hierárquica de poder e manter a ordem e o controle social vigentes no ambiente escolar. Outra forma de garantir essa manutenção são as rotinas, métodos de padronizar as atividades dentro do espaço escolar que, indubitavelmente, restringem as ações dos estudantes, sendo permitidas somente àquelas adequadas neste escopo sistemático imposto pela instituição. Diante dessas problemáticas, os estudantes que não se adequam são isolados, gerando mais e mais casos de conflitos e violências praticadas por e contra jovens dentro das escolas. Agora, se estas questões fossem tratadas de maneira restaurativa e que, sobretudo, não recorressem à violência para que fossem resolvidas, poder-se-ia otimizar as condições enfrentadas pelos estudantes e fazer com que estes pudessem se desenvolver propriamente como indivíduos e, além disto, cidadãos. OBJETIVOS: Neste trabalho, buscou-se compreender as nuances que rodeiam a estrutura escolar, suas implicações e consequências; identificar os fatores que corroboram na propagação de comportamentos violentos pelos estudantes; e, por fim, pensar na adoção de medidas restaurativas de gestão pacífica de conflitos entre os estudantes do Ensino Médio. MATERIAIS E MÉTODO: Primeiramente, a pesquisa se orientou através de uma revisão bibliográfica acerca do funcionamento das instituições de ensino, juntamente dos elementos que, relacionados, levam à ocorrência de conflitos violentos nas escolas. Ademais, focou-se na pesquisa-ação realizada em três escolas estaduais do município de Curitiba, PR: CE Teobaldo Leonardo Kletemberg, CE Desembargador Guilherme de Albuquerque Maranhão e CE Protásio de Carvalho. Nestas escolas, foram realizadas entrevistas na modalidade grupo-focal com os estudantes do Ensino Médio, além da aplicação de questionários fechados de múltipla escolha para os estudantes, seus responsáveis e funcionários das escolas. RESULTADOS: No que diz respeito aos resultados da pesquisa, notou-se a preocupante presença da violência nas escolas, praticada tanto por estudantes quanto por funcionários da instituição; os diferentes tipos de violência presentes nas escolas, tanto verbal quanto física; e o desconhecimento ou desinteresse na aplicação de medidas restaurativas por parte dos estudantes das escolas, mesmo que estas práticas tornar-se-iam meios mais efetivos e pacíficos de solucionar a ocorrência recorrente de conflitos dentro do ambiente escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em conclusão, foi possível a partir da revisão bibliográfica e, principalmente, da pesquisa-ação compreender as nuances que contribuem para que ocorram casos de violência nas escolas. Entretanto, somente a partir da implementação de práticas que visem a superação desses conflitos em prol de um desenvolvimento pleno dos estudantes, poderíamos torcer por um futuro mais próspero para a sociedade e seus cidadãos.

PALAVRAS-CHAVE: Escola; Violência; Ensino Médio; Práticas restaurativas.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador