AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA ANALGÉSICA DA BUPIVACAÍNA ASSOCIADA A DEXMEDETOMIDINA PARA BLOQUEIO DO PLANO TRANSVERSO DO ABDOME E SERRÁTIL, GUIADO POR ULTRASSOM EM CADELAS SUBMETIDAS À MASTECTOMIA

INTRODUÇÃO: Buscando combater a dor decorrente de cirurgias, é necessária a adoção de terapias analgésicas multimodais, que consiste no uso de diferentes técnicas para garantir o conforto do paciente no período trans cirúrgico e pós-operatório, sendo fundamental a utilização de técnicas de anestesia local. OBJETIVOS: Esse estudo tem por objetivo avaliar os efeitos do bloqueio do plano transverso do abdômen e do plano serrátil guiados por ultrassom, por meio da ação da bupivacaína associada a dexmedetomidina sobre a analgesia pós-operatória de cadelas submetidas a mastectomia, caudal parcial, cranial parcial ou unilateral total. MATERIAIS E MÉTODO: A medicação pré-anestésica realizada foi Metadona 0,3mg/kg com Acepromazina 0,03 mg/kg via intramuscular, a indução foi realizada com Propofol 0,4mg/kg/IV e foi realizada a manutenção com isoflurano. Os bloqueios foram efetuados com a dose 0,3 mL/kg de bupivacaína (sem vasoconstritor) associada a dexmedetomidina, com a concentração de 0,025 ml de dexmedetomidina para 10 ml de bupivacaína. Durante a cirurgia foram monitorados os parâmetros vitais e o plano anestésico. No período pós-operatório, foram realizadas escalas de dor de Glasgow e Melbourne no período de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16 e 24 horas de pós-operatório. Em caso de escores acima de 8 nas escalas de dor, foi realizado o resgate analgésico com metadona 0,3mg/kg via IM. RESULTADOS: No presente estudo, foi necessário o resgate analgésico em dois dos cincos pacientes avaliados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi observado que os bloqueios realizados com a associação dos fármacos resultam em uma boa analgesia. Porém, por vezes é necessária a realização de outros medicações de suporte no período pós-operatório para auxiliar no controle da dor. É possível que haja um aumento da duração do bloqueio quando é realizado com a bupivacaína em associação com a dexmedetomidina. Contudo, para que haja uma confirmação dessa teoria é necessário a realização de trabalhos com um número de pacientes maior, evidenciou-se também que um dos fatores de grande influência é a experiencia do anestesista na realização dos bloqueios.

PALAVRAS-CHAVE: Bupivacaína; Dexmedetomidina; Plano serrátil; Plano transverso; Mastectomia