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TRATAMENTO DA CAQUEXIA ASSOCIADA AO CÂNCER NO HOSPITAL DO CÂNCER DE LONDRINA, PR: ESTADO DA ARTE ANTES E DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

HILÁRIO, Denis Campana ¹; KURAUTI, Mirian Ayumi ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina, PR.

INTRODUÇÃO: A caquexia é uma síndrome multifatorial, com perda contínua de massa muscular (com ou sem perda de gordura), que diminui a qualidade de vida e aumenta a mobimortalidade dos pacientes com câncer. Durante a pandemia de covid-19, foi observada queda na adesão ao tratamento oncológico em vários países contribuindo possivelmente para o mau prognóstico dos pacientes com câncer. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi investigar o estado da arte do tratamento da caquexia em pacientes do Hospital do Câncer de Londrina, pr (HCL) e relacioná-lo ao tratamento oncológico dos pacientes por meio de análise de prontuários com entradas antes e durante a pandemia de covid-19. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, após a coleta de dados nos prontuários, dos 12.166 pacientes que deram entrada no HCL entre janeiro de 2019 a junho de 2021, 3.555 passaram por triagem, e 287 foram analisados. Dentre os pacientes analisados 66,55% eram do sexo masculino, 60,02% eram idosos, 75,96% tinham câncer de trato gastrointestinal e 24.04% câncer de cabeça e pescoço. RESULTADOS: Dos pacientes que deram entrada entre o período invesgato, 5,57% foram classificados com pré-caquexia, 45,99% com caquexia e 4,88% com caquexia refratária. No entanto, 41,81% dos paciente apresentavam perda de peso, mas por falta de dados não foi possível classificá-los. Após três meses, apenas 183 pacietens tinha dados suficientes para análise da evolução da caquexia. De modo geral, dentre esses pacientes, 53,55% apresentaram piora do quadro, sendo que a piora foi maior em 2020 (55,84%), no início da pademia, quando comparado a pacientes que deram entrada em 2019 e 2021. A única intervenção contra a caquexia foi a suplementação nutricional que, quando realizada, não foi eficaz, pois 47% dos paciente apresentaram piora. Os pacientes que fizeram tratamento oncológico com quimioterapia isolada ou quimioterapia combinada com cirurgia tiveram uma porcentagem de piora do quadro menor (42,31% e 39,62%, respectivamente). CONSIDERAÇÕES FINAIS: De fato, a pandemia parece ter contribuído para o mau prognóstico da caquexia associada ao câncer, porém, os dados coletados não permitiram o estabelecimento da relação entre o tratamento anticaquexia e o tratamento oncológico nos pacientes com entrada entre 2019 e 2021 no HCL, pois como o diagnóstico de caquexia não é realizado, não é prescrito um tratamento anticaquexia. A única intervenção contra a caquexia, foi a suplementação nutricional que não se mostrou eficaz, enquanto o tratamento oncológico com qimioterapia isolada ou combinada com cirurgia apresentaram prognóstico melhor do que com a intervenção com suplementação nutricional.

PALAVRAS-CHAVE: Câncer do trato gastrointestinal; Câncer de cabeça e pescoço; Classificação da caquexia; Tratamento anticaquexia; Tratamento oncológico.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador