Logo PUCPR

OS EFEITOS DAS PRÁTICAS PUNITIVAS NO ESPAÇO ESCOLAR

SOUZA, Francieli Oliveira Carvalho De ¹; LIMA, Cezar Bueno De ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em Ciências Sociais – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Durante o período colonial no Brasil, a utilização de castigos físicos como a palmatória e o açoite tinham como função principal a correção disciplinar. No entanto, a partir do final do século XX e início do século XXI, os métodos para educar foram transformados com o objetivo de atender as demandas atuais da sociedade. As práticas punitivas no espaço escolar anteriormente eram manejadas com castigos corporais, porém, no contexto contemporâneo elas foram substituídas pela aplicação de penalidades disciplinares, ainda caracterizado como uma ferramenta de controle disciplinar. A punição apresenta sua utilidade a partir da rápida eficácia no controle de comportamentos que são considerados prejudiciais ou indesejáveis. Contudo, ao aplicar a punição sob um indivíduo a fim de cessar uma conduta, ela apresenta efeitos negativos consideráveis. No ambiente de ensino, os impactos negativos da punição podem levar o discente a se esquivar ou fugir do estímulo aversivo, ou até mesmo reagir contra o docente. Percebe-se o uso da punição como um método de solução de conflitos, no entanto, o conflito não deve ser excluído por meio da violência, mas como uma ferramenta fortalecedora que visa aprimorar a compreensão das diferenças nas relações humanas. OBJETIVOS: Por meio desta pesquisa, pretende-se investigar as consequências das práticas punitivas no ambiente de ensino, como as sanções disciplinares são capazes de influenciar a saúde mental dos estudantes e as possibilidades de intervenção por práticas restaurativas. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi realizada em duas etapas, inicialmente pela revisão bibliográfica sobre as práticas punitivas, castigos físicos no ambiente escolar, conflito e justiça restaurativa. Na segunda etapa, foi realizada a pesquisa de campo na técnica de grupos focais, nas turmas do Ensino Médio da manhã e da noite dos colégios estaduais Professor Teobaldo Leonardo Kletemberg, Guilherme A. Maranhão e Protácio de Carvalho. Assim como a aplicação do questionário de múltipla escolha para estudantes, professores e responsáveis. RESULTADOS: A pesquisa encontrou como resultado, a notável incidência de violência nas instituições de ensino, inserida de forma recorrente no próprio cotidiano dos adolescentes. A utilização de punições disciplinares foi considerada pelos estudantes a forma mais viável para a resolução de conflitos. Contudo, conforme as falas nos grupos focais, principalmente dos alunos das turmas do 1º e 3º ano do ensino médio, foi apontado que as sanções verbais e disciplinares impactaram de maneira negativa sobre os discentes e que eles se sentem sem voz no ambiente de ensino. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa constatou que os estudantes estão interessados em aprender sobre as práticas restaurativas como um método pacífico de resolução de conflitos, assim como eles demandam por um espaço de fala. É necessário viabilizar um momento para que o estudante possa expressar suas opiniões e seus interesses no ambiente estudantil.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio; Punição; Práticas punitivas; Justiça restaurativa.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador