Logo PUCPR

RELAÇÃO ENTRE A FILOSOFIA MORAL E A ANTROPOLOGIA PRAGMÁTICA EM KANT

SILVA, Paulo Lucas Jacinto Da ¹; PELLISSARI, Mauro ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O objetivo desta pesquisa é analisar as relações entre a filosofia moral e a antropologia kantiana, conforme os conceitos definidos nas obras Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Razão Prática e Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático, sob o seguinte aspecto: a antropologia, definida como antropologia moral, expande ou limita a moral definida por Kant? Kant buscava definir sua filosofia moral de uma maneira diferente de até então: em vez de fundamentar sua moral em princípios como a felicidade, Deus ou a natureza, Kant procurou algo como uma moral objetiva, independente de influências empíricas, válida para qualquer ser humano, independentemente da situação. No entanto, o ser humano, exposto às paixões e desejos, poderia cumprir o projeto da moral proposto por Kant? OBJETIVOS: GERAL: analisar se a antropologia pragmática expande, limita ou inviabiliza a moral exposta na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e na Crítica da Razão Prática. ESPECÍFICOS: i. Compreender a moralidade kantiana;
ii. Compreender a constituição empírica do ser humano, conforme a Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático; iii. Analisar a relação entre a antropologia e a filosofia moral em Kant MATERIAIS E MÉTODO: Foram selecionados livros e artigos para a compreensão da filosofia de Kant e para as ideias da relação entre moral e antropologia. Os livros de Kant utilizados foram: 1. Antropologia de um Ponto de Vista Pragmático; 2. Crítica da Razão Prática; 3. Fundamentação da Metafísica dos Costumes; 5. Metafísica dos Costumes; 4. A Religião nos Limites da Simples Razão. Os artigos de comentadores utilizados: 1. The Concept of the Highest Good in Kant’s Moral Theory; 2. A Segunda Parte da Moral: A Antropologia Moral de Kant e Sua Relação Com a Metafísica dos Costumes; 3. Immanuel Kant (The Stanford Encyclopedia of Philosophy). A metodologia empregada foi a revisão bibliográfica. Essa abordagem permitiu uma análise das obras de Kant e dos artigos de comentadores, buscando identificar conexões que contribuíam para a fundamentação deste trabalho. RESULTADOS: Para Kant a lei moral é um princípio formal. Tal lei apenas comanda que as máximas das ações possam ser leis universais, não dizendo nada a respeito das ações. Com relação à ética, Kant afirma que a parte empírica é uma antropologia prática, enquanto a racional seria a moral propriamente dita. Embora seja verdade que Kant acredite que dados empíricos são irrelevantes para o desenvolvimento de uma lei moral, não se deve concluir que ele suponha ser inútil uma antropologia prática. Esta parte “impura” da moralidade é muitas vezes esquecida do projeto kantiano, sendo desconhecida por muitos que têm um contato superficial com sua teoria moral. Há espaço, portanto, para uma discussão entre a filosofia moral e a antropologia pragmática.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da análise dos textos e artigos, chega-se à conclusão de que a antropologia pragmática kantiana expande as pretensões de uma moral objetiva, tal qual apresentada nos textos clássicos de Kant. A antropologia pragmática condiz as características da antropologia moral, já que busca identificar as condições subjetivas, tanto contrárias quanto estimuladoras, da realização da lei moral, fornecendo um caminho para tornar a moralidade mais eficaz na vida humana.

PALAVRAS-CHAVE: Kant; Antropologia; Moral.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIS da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador