Logo PUCPR

A INFLUÊNCIA DOS MARCADORES SOCIAIS DA DIFERENÇA NA PROTEÇÃO OU RISCO À SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES DO IFPR

SANTOS, Thaís Barbosa Dos ¹; SANTOS, Ronaldo Adriano Alves Dos ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Toledo, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Toledo, PR.

INTRODUÇÃO: No presente relatório discutimos sobre a saúde mental e o sofrimento psíquico voltado ao âmbito universitário. O sofrimento psíquico é considerado um fenômeno multideterminado, posto que, resulta de fatores socioeconômicos, culturais, biológicos e ambientais. Sendo assim, é importante considerar que cada indivíduo apresenta maneiras singulares para lidar com este fenômeno, caracterizando os diferentes modos de ser, estar e transitar no mundo atravessados e constituídos pelos marcadores sociais de identidade e diferença. Podemos compreender assim que a vivência universitária gera mudanças individuais, relacionais e sociais na vida dos estudantes, e todas essas mudanças podem afetar a saúde mental e causar sintomas de sofrimento psíquico. OBJETIVOS: Nesse sentido, a pesquisa realizada objetivou analisar o sofrimento psíquico dos estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus Toledo, PR, relacionando-o com os marcadores sociais da diferença; identificando os modos como esses marcadores influenciam na proteção ou risco à saúde mental dos estudantes; mapeando as estratégias, espaços e relações que operam como promotoras de saúde mental e/ou produtoras de sofrimento psíquico; e detectando de que modo as relações tecidas dentro do ambiente universitário estão relacionadas com a manutenção da saúde mental ou a produção de sofrimento psíquico. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso aplicamos o Self-Reporting Questionaire 20 (SRQ 20) através de um software web informatizado, para a coleta de dados dos estudantes em anos iniciais do curso de psicologia, nos períodos matutino e noturno, obtendo ao final 46 respostas, que foram analisadas tendo como objetivo mapear o sofrimento destes estudantes, relacionando-o com os marcadores sociais de identidade e diferença (classe social, identidade de gênero, orientação afetivo-sexual, raça e religião). RESULTADOS: Com os resultados obtidos, notou-se que 78,26% dos estudantes encontram-se com indicativos de sintomas de sofrimento psíquico, de modo que apenas 21,74% não apresentaram esses sintomas. Além disso, constatou-se que há uma maior prevalência de sintomas de sofrimento psíquico na turma do período noturno do 1º ano do Curso de Psicologia, em mulheres, estudantes de classe E e A, nos discentes brancos, de orientação afetivo-sexual pansexual e que sob aqueles que não informaram e os que não informaram a religião. Portanto, os resultados obtidos podem contribuir para o direcionamento de intervenções em saúde mental, visando a redução dos sintomas de sofrimento psíquico neste público. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, a pesquisa realizada se mostrou importante para gerar informações que contribuam para dar visibilidade às relações, opressões e privilégios que incidem sobre a comunidade discente. Assim, pode-se dar origem ao estabelecimento de novas políticas, estratégias, espaços e relações na universidade que visem gerar bem-estar psicossocial aos estudantes. Diante disso, este trabalho entende a universidade como um dos espaços privilegiados para potencializar ações de prevenção e promoção de saúde mental tendo como base os marcadores sociais de identidade e diferença.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental; Sofrimento psíquico; Estudantes universitários; Marcadores sociais de identidade e diferença.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador