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ENTREVISTAS NARRATIVA COMO FERRAMENTA DE ACESSO ÀS EXPERIÊNCIAS DE SOFRIMENTO PSÍQUICO DE ESTUDANTES

MARCHIORO, Eloísa ¹; SANTOS, Ronaldo Adriano Alves Dos ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Toledo, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Toledo, PR.

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa discute aspectos relacionados à prevenção, proteção ou produção de saúde mental e sofrimento psíquico em estudantes dos anos iniciais do curso de psicologia, relacionando-os com os marcadores sociais de identidade e diferença. Para esse debate é válido considerar a saúde mental como um bem-estar biopsicossocial e o sofrimento psíquico um fenômeno multideterminado, uma vez que abrange fatores socioeconômicos, culturais, biológicos e ambientais. Assim, é importante ter em vista que cada indivíduo apresenta diferentes modos de ser, estar e transitar, caracterizando maneiras subjetivas de lidar com estes fenômenos. Além disso, compreende-se que o ingresso na vivência universitária gera mudanças individuais, relacionais e sociais que impactam na vida dos estudantes, sendo assim, é possível ainda que atue como promotor de saúde mental ou de sinais e sintomas de sofrimento psíquico. OBJETIVOS: Sendo assim, a pesquisa objetivou analisar o sofrimento psíquico dos estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus Toledo, PR, relacionando-o com os marcadores sociais de identidade e diferença; identificando o modo como esses marcadores influenciam na proteção ou risco à saúde mental dos estudantes; e mapeando as estratégias, espaços e relações que operam como promotoras de saúde mental e/ou produtoras de sofrimento psíquico. MATERIAIS E MÉTODO: Nesse sentido, visando compreender como as relações tecidas dentro e fora do ambiente acadêmico impactam na vivência dos estudantes, foram realizadas entrevistas narrativas com 4 discentes, tendo como objetivo mapear os fatores que atuam como promotores de sofrimento psíquico, relacionando-os com a interseccionalidade dos marcadores sociais de identidade e diferença (classe social, identidade de gênero, orientação afetivo-sexual e raça ) RESULTADOS: Com os resultados encontrados, notou-se que os estudantes foram estimulados e encorajados a relatar sua história sobre acontecimentos importantes experienciados em sua trajetória, contribuindo para dar visibilidade às relações de opressão e sofrimento vivenciadas pelos participantes, seja dentro ou fora do contexto universitário. Além disso, evidenciou-se a importância de reconhecer a singularidade da experiência de cada estudante, compreendendo que a sua totalidade impacta diretamente na vivência acadêmica, uma vez que que os mesmos fatores podem atuar como fator de risco ou de proteção à saúde mental dos estudantes, nos levando a considerar outros fenômenos que estão além dos subjetivos e que podem estar também associados ao sofrimento dos discentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ademais, nota-se que as marcas sociais, podem impactar tanto na criação de privilégios, quanto na produção de desigualdades que afetam a saúde mental, gerando ainda efeitos sociais, relacionais, econômicos, políticos e subjetivos para a vida dos sujeitos. Portanto, os resultados obtidos podem contribuir para o direcionamento de intervenções em saúde mental, bem como para o estabelecimento de novas políticas, estratégias, espaços e relações na universidade visando gerar bem-estar psicossocial aos estudantes, uma vez que a universidade pode atuar como um espaço que contribui para auxiliar os estudantes a instrumentalizar o sofrimento.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental; Sofrimento psíquico; estudantes universitários; Marcadores sociais de identidade e diferença; Interseccionalidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador