O PAPEL DO CO-TRANSPORTADOR DE SÓDIO-GLICOSE 2 E DO EXERCÍCIO FÍSICO NA REGULAÇÃO DO SISTEMA REDOX E DO COMPLEXO INFLAMMASSOMA EM ANIMAIS COM NEFROPATIA DIABÉTICA EXPERIMENTAL

INTRODUÇÃO: A Nefropatia Diabética (ND) é uma doença crônica derivada do Diabetes Mellitus (DM) a qual acomete os rins, levando a sua insuficiência. O que leva ao comprometimento de funções metabólicas e celulares e consequentemente, ao estresse oxidativo. Nesse cenário, a utilização do inibidor do co-transportador de sódio-glicose 2 (iSGLT2) como resposta terapêutica tem se mostrado eficaz no tratamento da doença. Atrelado a isso, sabe-se que o exercício físico melhora a regulação dos níveis glicêmicos no corpo humano, causando benefícios adicionais à saúde. OBJETIVOS: O presente trabalho teve como objetivo avaliar se os efeitos do iSGLT2 podem ser potencializados com o exercício físico uma vez que este tem sido eficaz na regulação de diferentes parâmetros moleculares em outras doenças metabólicas crônicas. MATERIAIS E MÉTODO: utilizou-se camundongos C57BL/6J onde a ND foi induzida com a associação da estreptozotocina (STZ) e dieta hiperlipídica por um período de 16ª semanas. Foram avaliados a massa corporal, o consumo alimentar e hídrico, além dos danos proteicos e sistemas de defesas antioxidantes no músculo do quadríceps, órgão alvo de nossa investigação RESULTADOS: A eficácia no modelo de indução diabética foi bem-sucedida sendo comprovado pelo Teste de Tolerância a Glicose (GTT) e os animais dos grupos que receberam a dieta hiperlipídica (DHL) apresentaram aumento no peso corporal. Os parâmetros de estresse oxidativo na atividade da enzima catalase e na carbonilação de proteínas não obtiveram diferenças significativas, enquanto na atividade da glutationa peroxidase (GPx) houve diferença significativa dos grupos diabéticos com algum tipo de tratamento (exercício, medicamento ou ambos) quando comparados ao grupo de Dieta Padrão (DP). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O resultado estatístico da catalase não apresentou diferença significativa possivelmente pelo fato de que não houve um estímulo estressante que exija sua atividade antioxidante no quadríceps. Os grupos da GPx que apresentaram diferença estatística quando comparados ao grupo DP pode ser justificado através de um desbalanceamento redox ocorrido, a qual levou ao aumento da atividade oxidante e diminuição da enzima antioxidante, assim levando ao estresse oxidativo O dano oxidativo em proteínas não apresentou diferença significativa e tal resultado pode ser justificado pela capacidade total antioxidante de manter o equilíbrio redox. Com base nos resultados apresentados se faz necessário a contínua investigação sobre os efeitos combinados do exercício físico e o medicamento iSGLT2 pode interferir nos processos envolvendo outros órgãos.

PALAVRAS-CHAVE: Nefropatia diabética; Rins; iSGLT2; Exercício físico; Estresse oxidativo.