INTERVENÇÕES MUSICAIS PARA O ALÍVIO DE SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM HOSPITAIS: REVISÃO SISTEMÁTICA COM META-ANÁLISE

INTRODUÇÃO: A intervenção musical pode ser empregada como terapia não farmacológica na diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com câncer (1). Os estudos comparando intervenções musicais em musicoterapia e pesquisa oncológica são inúmeros, sendo necessário a elaboração de uma revisão integrativa capaz de reunir o conhecimento de evidências disponíveis e proporcionar, aos profissionais da saúde, a aplicabilidade dos resultados de estudos na prática clínica (2). OBJETIVOS: Esta revisão integrativa tem por objetivo geral investigar a relação entre a quimioterapia e a intervenção musical no câncer, e o desenvolvimento de sintomas emocionais nos pacientes. MATERIAIS E MÉTODO: Foram realizadas buscas em diferentes bases de dados como Pubmed, Embase, Cinahl e Scopus sem filtros para língua ou período, além da busca nas referências dos estudos selecionados. Os critérios de inclusão foram artigos de texto completo revisados por pares relatando ensaios clínicos randomizados usando a música como uma intervenção para quaisquer resultados com pacientes adultos com câncer submetidos à quimioterapia. A música deve ser entregue durante o tratamento de infusão. Os critérios de exclusão foram protocolos de pesquisa, artigos em que a música não é a intervenção primária ou é combinada simultaneamente com outras intervenções sensoriais (massagem terapêutica, por exemplo) ou procedimentos oncológicos combinados simultaneamente (por exemplo, quimioterapia e radioterapia; quimioterapia e cirurgia). Posteriormente, foi realizada a varredura independente dos artigos selecionados a partir dos critérios de inclusão e exclusão, utilizando o Software Rayyan, com 10 artigos selecionados. A busca de referências foi realiza por meio da leitura do título e resumo das referências dos artigos. As referências foram selecionadas conforme os critérios de inclusão e exclusão. Após a seleção para a leitura na integra, foi feita uma conferência no Rayyan para verificar se estudo já não foi selecionado na busca de base de dados. Se ainda não selecionado, a leitura do texto completo foi feita. O artigo selecionado pelos critérios de inclusão e exclusão foi incluído aos outros artigos. RESULTADOS: Após a remoção de duplicatas usando Mendeley, foram examinados 136 estudos usando Rayyan. Foram incluídos 10 artigos. A busca das referências incluiu 1 artigo aos demais estudos. Os dados dos artigos foram extraídos utilizando um formulário piloto baseado em diretrizes para intervenções baseadas em música (3). Dos 11 artigos, 5 são ensaios clínicos randomizados (ECRs) em 2 braços, 5 ECR’s em 3 braços e 1 ECR em 4 braços. 9 estudos forneceram métodos receptivos (ouvir música) e dois estudos forneceram métodos ativos (participante cantando ou tocando instrumentos). Os dados originados destes artigos foram compilados em uma revisão integrativa, cujo resumo foi enviado ao 17° Congresso Mundial de Musicoterapia, sendo o trabalho aprovado como e-pôster (11). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há evidência favorável ao uso de intervenções musicais no alívio dos sintomas de ansiedade e depressão em pacientes oncológicos que fazem quimioterapia. No entanto, não houve muita evidência favorável em relação aos efeitos das intervenções musicais nos desfechos secundários (frequência cardíaca e pressão arterial, náuseas e vômitos).

PALAVRAS-CHAVE: Intervenção-musical; Musicoterapia; Quimioterapia; Ansiedade e depressão.