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A ETNIA COMO IDENTIDADE E PODER NA SICÍLIA ANTIGA, DURANTE A TIRANIA DE HIÉRON DE SIRACUSA, SEGUNDO DIODORO DA SICÍLIA (478-467 A.C)

VIOLA, Leonardo ¹; MOCELIM, Adriana ²
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Curso do(a) Estudante: Licenciatura Em História – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em História – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa tem por objetivo elucidar as questões concernentes às políticas de cunho étnico empreendidas pelo tirano Hiéron e as trocas de populações, dentro da ótica do autor Diodoro Sículo, século I a.C. OBJETIVOS: Seguiram-se os objetivos, analisando a concepção de etnia na antiguidade e a evolução do conceito dentro da Sicília, investigando a colonização e como esta impactou o imaginário e a divisão étnica da ilha. Foi, por fim, analisado o contexto histórico da produção da fonte, na tarda república romana, e como a concepção de etnia do autor se refletiu sobre a narrativa das políticas étnicas de Hiéron de Siracusa, indagando qual foi o real peso, colocado por Diodoro, da etnia enquanto motivação para a ação de Hiéron, que trocou as populações de Catania e Naxos, enviando colonos que o apoiariam, trocando o nome de Catania para “Etna”. MATERIAIS E MÉTODO: O texto de Diodoro, Biblioteca Histórica, utilizado para a elaboração da presente pesquisa foi o das traduções em italiano de Marta Zorat (tradução dos livros I ao VIII) e de Calogero Miccichè (tradução dos livros IX ao XIII) e, para eventuais análises do texto original, a edição italiana utilizada, da BUR Rizzoli, que é bilíngue, tem seu texto original em grego baseado na versão teubneriana (Bibliotheca teubneriana) publicada em Leipzig, entre 1888 e 1906. A metodologia empregada está vinculada à nova história política, com enfoque nas relações de poder na Sicília. Tendo como enfoque a leitura, análise e comparação das referências supracitadas, iniciando por definir a etnia, tanto na Grécia continental, onde tais etnias helênicas se formaram, bem como na Sicília durante o período da colonização grega da ilha e a formação das pólis locais. RESULTADOS: Retomando a problemática da pesquisa, em que deveria analisar-se a maneira com que a etnia, enquanto identidade, foi retratada por Diodoro (século I a.C.) ao referir-se ao período da tirania de Hiéron de Siracusa (476-467 a.C.), pôde-se perceber que: tendo em vista a ainda perceptível importância da identidade da pólis no contexto siciliano durante a República romana, ele demonstra uma clara identificação com sua pólis, Agírio, a ponto de colocá-la em situações centrais para a história e o mito na Sicília, e a identidade regional siceliota, já enraizada na província desde os séculos anteriores, percebe-se que a identidade étnica, como a dos sub grupos helênicos dos jônios, dórios e eólios, não era mais importante para Diodoro se comparada com os dois primeiros tipos de identidade supracitadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O objetivo do autor ao escrever sua obra era a redação de uma história moralizante, cujas experiências e ações dos indivíduos, como Hiéron, eram muito mais importantes para o autor do que a explanação de uma disputa étnica já distante de seu período, se comparado com Heródoto ou Tucídides e o contexto vivido por ambos no século V a.C. Assim, a identidade da pólis e a identidade regional siceliota são as mais valorizadas na obra de Diodoro.

PALAVRAS-CHAVE: Diodoro; Etnia; Hiéron; Identidade; Tirania.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador