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ANOS DE VIDA PERDIDOS COM A DOENÇA AJUSTADOS PELA INCAPACIDADE (DALY) DA COVID-19 SEVERA COM BASE EM DADOS DE MORTALIDADE, FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA EM ATÉ UM ANO APÓS A ALTA HOSPITALAR

BARBOSA, Paula Silva ¹; BERNARDELLI, Rafaella Stradiotto ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Para entender melhor a enorme influência dessa pandemia na Saúde Pública e balizar planos de ação para o enfrentamento das consequências dela e analisar os resultados de saúde e estimativas econômicas a doença em questão, faz-se necessário avaliar a carga da síndrome pós-covid-19 por meio de indicador abrangente, como a métrica de anos de vida perdidos com a morte prematura ajustados pela incapacidade (DALY). OBJETIVOS: Estabelecer a métrica de anos de vida perdidos com a doença ajustados pela incapacidade (DALY) da covid-19 severa com base em dados de mortalidade, bem como sintomas, funcionalidade e qualidade de vida em até um ano após a alta hospitalar de pacientes que necessitaram de cuidados intensivos para o tratamento da doença em Curitiba, PR entre março de 2020 e janeiro de 2022. MATERIAIS E MÉTODO: Aplicação da métrica DALY a uma coorte ambispectiva de maiores de 18 anos internados por covid-19, em unidades de terapia intensiva (UTIs) de 7 hospitais de Curitiba, PR, entre março de 2020 e janeiro de 2022. A coorte foi aprovado pelo CEP-PUCPR (parecer nº 4.293.030). Os dados de idade, sexo tempo de UTI e desfecho hospitalar foram utilizados para calcular a carga da covid-19 aguda. Já os dados acerca da incidência de sintomas e sua duração, coletados durante o seguimento telefônico de até um ano após a alta foram utilizados para estimar a carga da síndrome pós-covid-19. Assim, DALY foi calculado pela soma dos anos de vida perdidos devido à morte prematura (YLL), anos vividos com incapacidade (YLD) decorrente da doença aguda e YLD da síndrome pós-covid-19. O YLL foi estimado multiplicando o número de óbitos pela expectativa de vida na idade da morte. O YLD da doença aguda foi calculado pela multiplicação da prevalência populacional estimada com o peso de infecção aguda que necessita de cuidados intensivos, estimada em de 0.655 por estudos anteriores. O YLD da síndrome pós-covid-19 foi o produto da prevalência estimada com o peso da incapacidade estabelecido para condições crônicas decorrentes de infecções agudas, com valor de 0,219. As prevalências populacionais foram estimadas utilizando o modelo de meta-regressão bayesiana DisMod-MR 2.1. As métricas foram calculadas para o total, por sexo e faixas etárias de 10 anos. RESULTADOS: Foram estimados 111,283 (98,374 – 124,193) anos de vida vividos com alguma incapacidade decorrente da síndrome pós-covid-19 a cada 1000 sobreviventes à versão grave da doença em 2021. Sendo as mulheres e os com idades entre 40 e 49 anos, com mais YLDs. A carga da covid-19 grave (infecção aguda consequente síndrome pós-covid-19), foi estimada em 8347,29 DALYs por 1000 internados em UTI por covid-19 grave. Sendo a maior contribuição para os YLLs, os idade de 50 a 69 anos. Enquanto os mais jovens (de 30 a 49 anos) contribuíram com a maior parte dos YLDs. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Estima-se, então, 8347,29 DALYs por 1000 pacientes internados em UTI por covid-19 acompanhados por 1 ano. As estimativas do DALY da covid-19 contribuem no esforço global pela quantificação e compreensão da carga desta doença.

PALAVRAS-CHAVE: Pós-covid-19; Métricas em saúde; Carga da doença; DALY; Epidemiologia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador