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SINTOMAS NÃO MOTORES EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

SCHAIDT, Giulia ¹; FRAGA, Rogerio De ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (PD) compreende uma patologia neurodegenerativa que cursa com sintomas motores e não motores (SNM), como os gastrointestinais (GI), que podem estar presentes antes mesmo do quadro clínico comum da DP. Um dos tratamentos para a doença é a estimulação cerebral profunda (ECP), que tem benefícios nas flutuações não motoras e discinesias. OBJETIVOS: Assim, o presente trabalho buscou analisar, por meio do questionário Gastrointestinal Symptom Rating Scale (GSRS), a associação entre ECP e efeitos GI em pacientes com DP, além de realizar levantamento de dados de indivíduos já submetidos à cirúrgica e comparar a incidência desses desfechos nessa população. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo com informações de pacientes atendidos no ambulatório do Hospital Nossa Senhora da Luz (CAAE 38995420.4.0000.0020). MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado um estudo do tipo coorte retrospectivo. A população de estudo era proveniente do ambulatório do Hospital Nossa Senhora da Luz. Após entrega do Termo Livre de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), os dados do paciente foram coletados, de maneira presencial ou por telecomunicação (via telefonema ou teleatendimento), e armazenados em arquivos específicos para este estudo. RESULTADOS: Foram coletados 22 pacientes para o projeto, os quais efetivamente responderam ao questionário Gastrointestinal Symptom Rating Scale (GSRS). Nessa 23 população, há 2 grupos distintos de fase do estudo: (i) “1ª consulta” (n=15); e (ii) “6 meses após a cirurgia” (n=7). O primeiro consiste nos pacientes que ainda não realizaram a introdução do eletrodo cerebral profundo, enquanto o segundo agrupa pessoas que já realizaram o procedimento cirúrgico. Faz-se importante pontuar que os 22 sujeitos da pesquisa não apresentaram nenhum dos critérios de exclusão delimitados para reduzir o risco de viés de confusão. São eles: O grupo de sintomas “dor abdominal” como (i) dor abdominal; (ii) dor de fome; e (iii) náuseas, foi perceptível que anteriormente à cirurgia, o mais prevalente foi o terceiro listado. Ainda, essa foi a queixa que recebeu a maior quantidade de pontos entre diferentes pacientes, tomando-se como parâmetro valores ≥ 3 (desconforto moderado/poucas vezes), que já representa um tipo de sintomatologia que deixa de ser um incômodo considerado leve. Considerando-se a sessão de sintomas de “indigestão” como (i) borborigmo; (ii) distensão abdominal; (iii) eructação; e (iv) flatulência, foi perceptível que o último foi mais prevalente em pacientes que ainda não realizaram a implantação de ECP. Ademais, nesse grupo, as notas 5 (desconforto moderadamente severo/algumas vezes) e 6 (desconforto muito forte/muitíssimas vezes) apresentaram a maior frequência – 20% dos 15 pacientes entrevistados – para o achado de “flatulência CONSIDERAÇÕES FINAIS: a partir do levantamento de dados dos pacientes com DP que já realizaram a ECP, fica claro que existe uma associação entre estimulação cerebral profunda e a apresentação de sintomas gastrointestinais em pacientes com doença de Parkinson. Analisou-se que a incidência das sintomatologias pesquisadas foi maior nessa população do que naquela que ainda não havia realizado a cirurgia.

PALAVRAS-CHAVE: Doença de Parkinson; Trato gastrointestinal; Estimulação cerebral profunda; Qualidade de vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador