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SEGURANÇA ALIMENTAR E DIREITOS HUMANOS: HORTAS URBANAS COMO VIA DE ALCANCE DAS ODSS 02 E 10

CORRÊA, Paula Todesco Noguerol ¹; FERNOCHIS, Jamille Helena Laurindo ³; RIBEIRO, Cilene Da Silva Gomes ³; MELO, Patricia Milena Dias Gomes De ³; PILLA, Maria Cecilia Barreto Amorim ²
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Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em História – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Esse projeto de iniciação científica analisa a importância e o impacto das hortas urbanas no meio social e ambiental, através de entrevistas realizadas com os hortelões da Horta Comunitária Santa Rita IV localizado no Tatuquara, um bairro da cidade de Curitiba, PR. OBJETIVOS: O presente estudo busca compreender de forma objetiva a relevância da agricultura urbana como um instrumento de combate a fome, reduzindo as desigualdades e contribuindo de forma positiva para o melhor aproveitamento das áreas urbanas inutilizadas, praticando a agricultura sustentável, compreendendo seu impacto para a segurança alimentar e nutricional e para o meio ambiente, tendo como norte os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 (Fome Zero) e 10 (Redução das Desigualdades). MATERIAIS E MÉTODO: Foram aplicados questionários contava com 58 perguntas objetivas e descritivas, que abrangeram todos os aspectos necessários para essa pesquisa: dados pessoais e familiares, sobre a horta, sobre os canteiros dos entrevistados, produção da horta, venda, logística e divulgação, interesse em cursos de capacitação, relação com a comida, entendimento de alimentos, direitos humanos e saúde. Entrevistamos em torno de 10% dos hortelões. RESULTADOS: Foram entrevistados 9 hortelões, sendo destes 6 mulheres e 3 homens, com idade média de 60 anos, todos eram casados e possuíam filhos, moravam no Tatuquara e se dedicavam aos cuidados da horta no mínimo 3 vezes por semana. No que se refere à horta, costumam plantar legumes, verduras e ervas aromáticas tradicionais. Algumas perguntas do questionário buscaram dados que englobassem pontos sobre insegurança alimentar. A maioria das pessoas entrevistadas serem do sexo feminino, contribui para a nossa visão do impacto e da importância da mulher nesse setor da sociedade, além da contribuição da mesma para seu núcleo familiar. Podemos perceber também a relevância da horta para reduzir a desigualdade de gênero, uma vez que a mulher também se torna responsável e contribui ativamente para o sustento alimentar familiar. Entretanto podemos perceber que esse impacto não é matematicamente mensurável, uma vez que 5 dentre as 6 mulheres entrevistadas relataram ser dependentes economicamente do seu cônjuge, seja do salário do marido ou da aposentadoria do mesmo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A dificuldade de manutenção e recursos para a horta foram diversas vezes apontados pelos hortelões, que não possuem ajuda do município, contando na sua maioria com doações de pessoas físicas ou jurídicas, além também de terem de desembolsar uma grande quantidade de dinheiro dos seus recursos financeiros pessoais já limitados, gerando uma grande dificuldade de conduzir e manter a horta. Grande parte das melhorias adquiridas para a horta vieram através de muito esforço das pessoas que lá trabalham, além também da confiança em terceiros, como empresas que ajudam a horta em troca de poderem gravar propagandas no local. Vários locais pela cidade poderiam ser utilizados como uma forma de agricultura comunitária, entretanto essa falta de recursos dificulta a implantação de novas hortas urbanas.

PALAVRAS-CHAVE: Hortas-urbanas; Gênero e desigualdade; Sustentabilidade; Direitos humanos.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador