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RELACIONAMENTO ABUSIVO ENTRE PARCEIROS INTIMOS.

WEBER, Marlisa Regina ¹; BASSETO, Adriana Dias ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Toledo
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Toledo

INTRODUÇÃO: Estar em um relacionamento significa possuir uma ligação afetiva com outro alguém, e essa relação deve ser construída com base em valores como o respeito e a confiança, para que ambas as partes tenham sua saúde física e mental mantidas. Porém, sabe-se que isso não ocorre em todos os relacionamentos, visto que muitos são marcados por discussões, chantagens, insegurança e violência. O relacionamento abusivo é atravessado pela cultura patriarcal, que torna a violência silenciosa, e a mascara como “natural”, provocando a violação dos direitos das mulheres de maneira constante. OBJETIVOS: Nessa pesquisa, objetivou-se apresentar a percepção do relacionamento abusivo entre parceiros íntimos. Para tanto, buscou-se caracterizar o relacionamento abusivo, identificar as circunstâncias nas quais o comportamento de violência é adotado nas relações e problematizar conceitos naturalizados socialmente. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizada uma revisão sistemática a respeito do relacionamento abusivo entre parceiros íntimos e da violência contra a mulher, usando para isso, produções teóricas. Foram levantados artigos, livros e teses que apresentam o tema de forma prioritária, que foram lidos integralmente. RESULTADOS: Ao longo da pesquisa, foi abordado a relação entre o relacionamento abusivo entre parceiros íntimos e a violência contra a mulher, explorando suas causas, manifestações, efeitos biopsicossociais e estratégias de enfrentamento. Os resultados encontrados apontam a emergência e a importância de se olhar para esses fenômenos, a fim de buscar a garantia dos direitos humanos das mulheres, visto que eles passam por um apagamento e normalização provocados pela sociedade, que funciona de forma patriarcal. Nesse sentido, a desigualdade de gênero, calçada no mito da inferioridade feminina contribuem para a perpetuação da violência, que pode ser física, psicológica, sexual, moral e/ou patrimonial. Assim, é destacado a relação entre a violência de gênero e a construção social de papéis masculinos e femininos, expressando que a submissão da mulher não é um fenômeno individual, mas sim, fruto de construções socioculturais. A Lei Maria da Penha é mencionada como um marco importante na proteção das mulheres e na criminalização da violência contra a mulher. No entanto, apesar dos avanços legais e das políticas públicas, muitas mulheres ainda permanecem em relacionamentos abusivos devido a fatores como: a não percepção da relação como abusiva, o ciclo de tensão, agressão e lua de mel, e dependência financeira e emocional, falta de rede de apoio e esperança de mudança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O relacionamento abusivo e a violência contra a mulher são fenômenos que merecem expressivo reconhecimento enquanto causadores de sofrimento. Combater esse fenômeno exige esforço coletivo que envolve a educação sobre a igualdade de gênero, o apoio às vítimas, o estabelecimento de leis e políticas que protejam os indivíduos vulneráveis e a criação de uma cultura que valorize o respeito e a empatia nas relações interpessoais. Somente tomando consciência das relações de poder que envolvem a subjugação da mulher, é possível que se construa relacionamentos saudáveis e respeitosos, onde cada indivíduo seja valorizado em sua dignidade e liberdade.

PALAVRAS-CHAVE: Relacionamento abusivo; Violência contra a mulher; Direitos humanos das mulheres .

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador