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ESTUDO SOBRE SEXUALIDADE: A CORRELAÇÃO ENTRE DEPENDÊNCIA SEXUAL, EMOCIONAL E O VÍCIO EM PORNOGRAFIA

CARBONERA, Letícia ¹; CAMPOY, Leonardo Carbonieri ²; KRUGER, Caue ²
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Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Licenciatura Em Ciências Sociais – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A dependência sexual tem sido objeto de estudo e reflexão em diferentes campos do conhecimento, incluindo a filosofia, a psicologia, a sociologia, a antropologia e a medicina, recebendo cada vez mais atenção da comunidade científica. Sobre esse tema, a produção da subjetividade é um fenômeno da sociologia que descreve como a sociedade molda os indivíduos ao estabelecer normas e regras de comportamento. Nesse contexto, a sexualidade é um terreno fértil para a construção das subjetividades, uma vez que é atravessada por discursos e práticas sociais. Da mesma forma, as teorias da psicanálise abordam os conflitos psíquicos que a civilização moderna impõe ao indivíduo através da culpa internalizada principalmente em razão da expressão de sua sexualidade, podendo resultar em sofrimentos psicológicos que se manifestam de diversas maneiras. O consumo de pornografia e a representação desta atualmente é tomada como uma questão essencialmente política, onde o controle de seu conteúdo reflete também a tentativa de controle sobre a sexualidade do indivíduo. OBJETIVOS: Investigar a dependência sexual sob múltiplas perspectivas, analisando suas manifestações e suas conexões com a sociedade contemporânea. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi feita priorizando aspectos qualitativos através de uma etnografia que busca compreender a vivência dos indivíduos que se consideram dependentes sexuais, para isso, entrevistas virtuais foram feitas com dois voluntários anônimos, estas foram digitalizadas e posteriormente relacionou-se as falas dos entrevistados com a bibliografia estudada. RESULTADOS: Os entrevistados falaram a respeito de assuntos que ponderaram pertinentes, abordaram os comportamentos que consideram inadequados e expuseram suas opiniões e fragilidades a respeito do tema, mostraram seus receios e dúvidas e dialogaram de forma anônima sobre o sofrimento que passam. As entrevistas possibilitaram maior entendimento do assunto, uma vez abordaram temas como a influência da religião na construção da culpa em relação à sexualidade, onde muitas tradições religiosas impõem normas rígidas sobre o comportamento sexual, o que pode levar à internalização de sentimentos de culpa e vergonha em relação aos desejos e práticas sexuais consideradas “inadequadas” ou “pecaminosas”. Além disso, a representação social do dependente de sexo se mostrou relevante para o entendimento da visão que o sujeito entrevistado tem de si e de seus comportamentos. A medicalização e patologização do tema se mostraram como consequências que podem negligenciar os aspectos sociais e culturais envolvidos, uma vez que tendem a focar exclusivamente na dimensão individual e biológica do fenômeno. Nesse sentido, notou-se ser essencial considerar o contexto em que a dependência sexual se desenvolve, incluindo fatores socioeconômicos, culturais e políticos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a compreensão desse complexo fenômeno que causa sofrimento e afeta a subjetividade do indivíduo requer uma abordagem multidisciplinar, considerando tanto os aspectos individuais quanto os sociais envolvidos na produção e reprodução da dependência sexual na sociedade contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: Subjetividade; Etnografia; Sexo; Vício; Compulsão.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador