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AVALIAÇÃO DA REINCIDÊNCIA DA FIBRILAÇÃO ATRIAL DE ACORDO COM O GRAU DE FIBROSE DO ÁTRIO ESQUERDO

CHIAMENTI, Isabela Riera ¹; BORGES, Nícolas Henrique ³; MONTEMEZZO, Mauricio ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A fibrilação atrial é considerada a arritmia mais prevalente no mundo e é caracterizada por focos anormais de origem de impulsos elétricos atriais, o que compromete o funcionamento do ritmo cardíaco. Atualmente, o tratamento mais utilizado para tal condição é a ablação por cateter dos focos ectópicos de impulsos, geralmente envolvendo as veias pulmonares. O mapeamento de voltagem tridimensional mostra-se como uma tecnologia inovadora e capaz de revolucionar o tratamento da fibrilação atrial (FA). OBJETIVOS: Identificar a prevalência de recorrência de fibrilação atrial em pacientes submetidos a ablação de fibrilação atrial correlacionando a carga de fibrose no átrio esquerdo com a forma de fibrilação atrial, persistente ou paroxística. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma coorte prospectiva, complementada por dados retrospectivos avaliada com dados de prontuário de pacientes em seguimento pós processo de ablação devido ao diagnóstico de fibrilação atrial e analisados por mapeamento de voltagem tridimensional e pertencentes ao Laboratório de Eletrofisiologia de Curitiba (LEC). Os dados utilizados na pesquisa foram coletados 3, 6 e 12 meses após o procedimento de ablação, compreendendo um período total de agosto/2020 a maio/2023, foram coletados dados clínicos, eletrocardiográficos e sociodemográficos. RESULTADOS: O estudo contou com 101 pacientes, sendo 71.9% do sexo masculino e 28.1% do feminino. O tipo de fibrilação atrial mais frequente 67.5% paroxística e 32.5% persistente. O sintoma de palpitação foi a queixa mais relatada (62.5%), seguida, respectivamente de cansaço (13.1%) e assintomáticos (7,5%). Os anticoagulantes mais utilizados foram Rivaroxabana 49.1% e Apixabana 21.4%. Dentre os antiarrítmicos, a amiodarona foi utilizada em 51.6% dos pacientes e a propafenona em 27.4% dos casos. Dentre a amostra total, 98 pacientes faziam uso de betabloqueadores. Os dados ecocardiográficos evidenciaram AE(mm) 36 (27-65) Septo(mm) 36 (7-18) Parede posterior(mm) 9 (7-20) FE Simpson (%) 65 (28-72) e FE Teicholz (%) 63 (20-78) Diâmetro diastólico do VE 50 (40-76) Do total de 101 pacientes incluídos na pesquisa, uma média total de 3399 pontos foram coletados e, desses pontos, 2863 validados, com intervalos mínimo e máximo de, respectivamente, 778 e 9470,. Contudo, apenas 77 pacientes apresentaram alta densidade de mapeamento por conter mais de 2000 pontos validados. E, dentro dessa quantia, apenas 18 pacientes apresentaram mais de 50% do átrio esquerdo com áreas abaixo de 0.4 mV, considerados como os indivíduos com extensa área de fibrose atrial. Dentre os 18 pacientes classificados como fibrose atrial extensa, 2 apresentaram recorrência de FA após 6 meses de ablação, totalizando 11.1% de recidiva dentro deste grupo e 2.5% comparada a amostra total. O ritmo cardíaco predominante, foi sinusal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A associação entre a carga de fibrose atrial e a prevalência de recidiva de fibrilação atrial não demonstrou diferença estatística no presente estudo, grande parte dos pacientes, mesmo com uma taxa de fibrose atrial mais significativa, não apresentaram recidiva nas avaliações pós-ablação. Portanto, é mostra-se que o Mapeamento por Voltagem Tridimensional é uma ferramenta capaz de proporcionar uma avaliação mais precisa no diagnóstico pré-ablação, levando assim a uma menor taxa de recidiva da fibrilação atrial.

PALAVRAS-CHAVE: Eletrofisiologia; Ablação; Cardiologia; mapeamento de voltagem tridimensional.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador