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DETECÇÃO MOLECULAR DE PATOGENOS EM CARRAPATOS DE AVES SILVESTRES DA MATA ATLÂNTICA PARANAENSE

MOURA, Julia Isabelle ¹; STAMMER, Laura Melissa Dalagnol ³; SANCHES, Gustavo Seron ³; CASTELLA, Rafaela Morettini E ³; BECHARA, Gervasio Henrique ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Carrapatos são artrópodes da classe Arachnida e ordem Ixodida de importância para saúde única. Parasitas hematófago obrigatórios, precisam de uma alimentação sanguínea entre cada estágio de vida para que ocorra sua muda. São vetores de patógenos ao homem e a animais domésticos e silvestres. As principais doenças transmitidas pelos carrapatos de caráter zoonótico são as riquetsioses, babesiose, erliquiose e borreliose. Apesar de pequenos mamíferos serem os principais hospedeiros primários para os estágios imaturos dos carrapatos, aves também possuem um papel importante como hospedeiros além de disseminadores pelo seu habito migratório. Por isso, torna-se importante o estudo de patógenos em carrapatos de aves silvestres, tópico ainda pouco abordado na mata atlântica paranaense. OBJETIVOS: Detectar através de técnicas de PCR e q-PCR possíveis patógenos em carrapatos coletados de aves silvestres capturadas em áreas de mata Atlântica paranaense, no Parque Estadual do Palmito, localizado em Paranaguá, PR. MATERIAIS E MÉTODO: As coletas de carrapatos de aves silvestres do Paraná foram feitas em expedições científicas no período de 2006 a 2023, em duas áreas da Mata Atlântica do Parque Estadual do Palmito (25º58’ S; 48º 54’ W), em Paranaguá, PR. As aves eram capturadas por meio de redes de neblina. Os carrapatos foram coletados manualmente das aves com auxílio de pinças entomológicas, acondicionados em microtubos de 1,5 mL contendo álcool 70% e levados para o laboratório de Parasitologia da PUCPR para identificação em estereomicroscópio por meio de chaves dicotômicas. Para a detecção molecular de patógenos foi feita extração do DNA dos carrapato e posterior qualificação do material obtido por PCR, gel de eletroforese e espectrofotometria. A primeira técnica utilizada foi a de fervura em hidróxido de amônia, que se mostrou ineficaz na qualificação do DNA extraído, já o segundo método, por meio do reagente TRIzol, possibilitou bons resultados na qualificação do DNA. RESULTADOS: O DNA dos carrapatos extraído por fervura de hidróxido de amônia foi testado para Mycoplasma sp., bactéria que infecta o homem e animais causando anemia. O resultado foi negativo, entretanto, pela extração de DNA não ter sido adequada nessa técnica, pode se tratar de um falso-negativo. Sera ainda testado com o material disponivel patogenos causadores de outras doenças de interesse para saúde única, como Rickettsia sp, Ehrlichia sp e Borrelia sp. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A primeira técnica de extração de DNA foi a de fervura em hidróxido de amônio e essa se mostrou ineficaz ao ser verificada a integridade do DNA por meio de PCR e posterior eletroforese em gel de agarose e Nanodrop. Já o segundo método foi utilizando-se o reagente TRIzol, sendo esse eficiente conforme a verificação por PCR, eletroforese e Nanodrop. A partir das amostras obtidas pelo método de fervura houve a testagem para o patógeno de interesse para saúde única Mycoplasma sp. Não houve a identificação do micro-organismo nos carrapatos coletados, porém esse resultado pode ter sido um falso-negativo. Assim, seria interessante considerar testar o DNA obtido pelo método TRIzol para os patógenos de interesse.

PALAVRAS-CHAVE: Carrapatos; Patógenos; Aves; PCR; Zoonose.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador