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VULNERABILIDADE DA PESSOA TRANS: QUAIS OS DESAFIOS O SISTEMA DE SAÚDE ENFRENTA?

PANDINI, Bruna Karoline Sotem ¹; FRAGA, Fernanda Schier De ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A transexualidade é uma experiência identitária que entra em conflito com as normas de gênero impostas pela sociedade. O surgimento do Processo Transexualizador em 2008 busca atender às demandas específicas da população trans, porém ainda está baseado na patologização da transição de gênero. OBJETIVOS: Esclarecer quais desafios a população trans enfrenta dentro do Sistema de Saúde devido a condição vulnerável e excludentes em que vivem. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e consistiu em um questionário online aplicado à população transgênero, dividido em duas partes: a primeira contendo perguntas pessoais e a segunda utilizando a escala CARE (Consulation and Relational Empathy) para avaliar a empatia dos profissionais de saúde. Os dados foram coletados, digitalizados e analisados estatisticamente pelo programa computacional IBM SPSS Statistics v.28.0 para descrever o perfil populacional e realizar análises inferenciais. RESULTADOS: A maioria dos participantes era composta por pessoas solteiras na faixa etária de 26 a 34 anos, com predominância de identidade de gênero feminina (65,9%). A utilização do Sistema Único de Saúde (SUS) foi prevalente em 63,4%, porém, muitos participantes relataram demora no agendamento das consultas. Além disso, foram identificados problemas com desconforto durante o atendimento médico, falta de conhecimento por parte dos profissionais de saúde e dificuldades no acesso a uma equipe multidisciplinar. Houve também relatos de inadequação no respeito ao nome social/retificado. Observou-se associações entre variáveis como desconforto durante o atendimento e falta de conhecimento dos profissionais, acesso a uma equipe multidisciplinar e acesso a informações relevantes durante a consulta. A capacitação dos profissionais de saúde e a qualidade do atendimento foram fatores determinantes para a avaliação positiva por parte dos participantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Falta de conhecimento e discriminação afetam o atendimento, de modo que equipes capacitadas, políticas inclusivas e atendimento livre de discriminação são essenciais.

PALAVRAS-CHAVE: Transexualidade; Sistema de Saúde; População trans; Atendimento médico; Discriminação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador