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RELAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR COM A CAPACIDADE INTRÍNSECA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

ANTONIO, Izabelle Munhoz De ¹; PERINI, Carla Corradi ²
faixa-semic-branco
Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Aspectos como a redução no consumo alimentar e o déficit nutricional podem vir a implicar diretamente na qualidade de vida e nos domínios da capacidade intrínseca da pessoa idosa. OBJETIVOS: Analisar a relação da ingestão alimentar com capacidade intrínseca de idosos institucionalizados. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo descritivo do tipo transversal e abordagem quantitativa, realizado com 31 moradores de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), filantrópica, exclusiva para idosos do sexo masculino, do município de Curitiba, Paraná. Os dados do consumo alimentar foram coletados utilizando o Recordatório de 24h em dois momentos, com diferença de 6 meses entre uma e outra. O programa Webdiet foi utilizado para análise dos dados dietéticos. A análise foi realizada comparando-se a ingestão habitual de energia, de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e de micronutrientes (vitaminas D, B6, B9 e B12, cálcio e ferro) com as recomendações específicas para pessoas idosas, considerando adequados os consumos com percentual de adequação de 90 e 110%. Os dados de dieta foram correlacionados com os itens que compõe a ferramenta de triagem da perda de capacidade intrínseca – ICOPE (mobilidade reduzida, má nutrição, declínio cognitivo, perda auditiva, deficiência visual e sintomas depressivos). Para a análise estatística foi utilizado o programa SPSS versão 20.0, adotando-se como significativos valores de p<0,05. RESULTADOS: De acordo com a recomendação, em ambas as avaliações do grupo dos macronutrientes somente os lipídeos estavam adequados, com valores médios de 101,88% e 103,72%, respectivamente. Proteínas, carboidratos e energia encontram-se fora do percentual de adequação. Para os micronutrientes, o ferro foi o único dentro da recomendação com 104,12% e 108,75% em ambas as avaliações, e vitamina B12 com 101,66% na primeira avaliação. Os demais nutrientes estavam fora do percentual considerado. Quando comparou-se a ingestão nos dois períodos distintos, foi observada redução significativa na ingestão de vitaminas D e B6 dos indivíduos na segunda avaliação. E aqueles que atendiam aos critérios de má nutrição pelo ICOPE, tiveram menor ingestão de energia (p=0,010), proteína (p=0,048), carboidrato (p=0,036), vitamina B6 (p=0,008), vitamina B9 (p=0,017) e ferro (p=0,007). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há relação entre a ingestão alimentar com os indicadores de perda da capacidade intrínseca em idosos institucionalizados.

PALAVRAS-CHAVE: Idosos; Avaliação dietética; Capacidade intrínseca; Consumo alimentar.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador