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A EDIÇÃO GÊNICA AGRAVARIA A DESIGUALDADE SOCIAL OU ELA REPRESENTARIA UMA ESPERANÇA DE COMPENSAÇÃO EM SUPERAR A DESIGUALDADE?

GUTSCHOW, Julia Hespanhol ¹; SGANZERLA, Anor ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: O desidérium evolutivo intrínseco à condição humana expressa-se na contemporaneidade através da metodologia de refinamento genômico. A técnica CRISPR-Cas9 fundamenta-se na possibilidade de edição do DNA a partir da localização, clivagem e degradação de genes específicos, além de inserir características seletas. Analogamente, possibilita-se a a associação dessas novas capacidades biotecnológicas com o contexto de desigualdade social vivenciado. O acesso aos meios científicos atuais reconhecidamente não é igualitário. Nesse sentido, a comercialização de uma nova ciência capaz de alterar o DNA humano e gerar novos atributos vistos socialmente como superiores àqueles originalmente apresentados geram dúvidas se o aprimoramento humano é um meio para diminuir ou aumentar a desigualdade social já existente. OBJETIVOS: Analisar se as tecnologias para a edição gênica em vista do aprimoramento humano representam uma possibilidade que agravaria a desigualdade social, ou se elas representam uma esperança de proporcionar uma compensação àqueles que por conta da desigualdade social não tiveram as mesmas condições. MATERIAIS E MÉTODO: A partir da busca, leitura e análise dos temas propostos, realizou-se a revisão bibliográfica, discussão e assimilação da relação direta que os temas apresentam. Nesse sentido, efetivou-se uma pesquisa a qual abordou ciências humanas e biológicas no intuito de melhor esclarecimento e ampliação dos conhecimentos adquiridos. Pesquisou-se nas bases de dados por meio das palavras-chave: “Crispr-cas9”, “Melhoramento biotecnológico”, “Desigualdade Social”, “Transumanismo”, “Edição genética”. RESULTADOS: Constatou-se uma ambivalência clara entre os benefícios do CRISPR-Cas9 e os receios sobre o impor novas formas de disparidades socioeconômicas. Todavia, limitar de forma total os avanços da tecnociência não se configura como a melhor alternativa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Denota-se essencial o exercício da ciência responsável e consciente que considere não apenas os anseios econômicos e individuais, mas também os sociais, éticos e morais. Isso requer um diálogo contínuo, a participação de diversos atores e uma reflexão ética constante para promover o desenvolvimento sustentável e justo da ciência e da tecnologia genética.

PALAVRAS-CHAVE: Melhoramento biotecnológico; Transumanismo; Desigualdade social; Edição genética.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador