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A PSICANÁLISE COMO CRÍTICA – ASCENÇÃO DO FASCISMO E RESSURGÊNCIA DE ANTIGAS FORMAS DE DOMINAÇÃO.

CHAVES, Pamella Da Silva ¹; FONSECA, Eduardo Ribeiro Da ²
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Curso do(a) Estudante: Licenciatura Em Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O fascismo não é uma “assustadora coincidência”, pode ser associado às transformações e crise do capitalismo, como um fenômeno de massas próprio as democracias liberais, o que garante que vez ou outra o fenômeno retorne, já que, no interior das subjetividades criadas pelo neoliberalismo, pulsa a forma de vida fascista. Além disso, a história brasileira possui fortes vínculos com esses ideais e novamente encontra um reconhecimento coletivo, devido, inclusive a ausência de memória, num quadro de negação próprio a essa nação. A chave de leitura, sobre a qual pretende-se decifrar o Brasil atual, é Freud, em Psicologia das massas e análise do eu (1921), através da qual é possível identificar alguns sintomas como a própria expressão dos desejos dessa população, que herda as mais diversas violências de um passado colonial, golpes e ditaduras. Há um fascismo presente na vida cotidiana dos brasileiros sempre à espreita, à espera de boas condições para reemergir com toda potência. OBJETIVOS: A pesquisa tem como objetivo analisar o momento atual do Brasil em que a ascensão de ideias fascistas encontra um reconhecimento coletivo, bem como a aceitação da ausência da ética nos discursos de lideranças. O avanço do conservadorismo e os velhos discursos da política brasileira, perdas simbólicas e o processo de formação de subjetividades, nessa nova lógica de reconhecimento.. O que se pretendeu fazer, em última instância, foi analisar e compreender psicanaliticamente o mecanismo psíquico do fascismo enquanto um fenômeno de massas. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, que tem como principal fonte de informações a obra de Freud, intitulada Psicanálise de massas e análise do eu (1921), encontrada na Biblioteca da PUCPR, em Curitiba. A biblioteca é fonte de pesquisa, mas também foi usado acervo particular de obras e pesquisa em fontes digitais na Internet.. RESULTADOS: O que a presente pesquisa enfatiza e reitera nessa pesquisa, é que a ressurgência de antigas formas de dominação está ligada a violências mais diversas e que tal fenômeno pode ser analisado como uma constituição própria da personalidade humana. A psicanálise como investigadora crítica dos fenômenos sociais, estabelece outros meios para analisar o fascismo, muito além, de um período historicamente determinado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise de Freud sobre o comportamento das massas, define a relação entre fascismo e desejo, especialmente no contexto da estrutura neoliberal tão bem assimilada na contemporaneidade. Analisar como discursos fascistas permanecem vivos, suas possibilidades de ressurgência e permanência, passa necessariamente por identificar que há um passado esquecido da história dessa nação, que precisa ser rememorado e narrado, para não ser revivido sobre a configuração da violência. Quando levantamos a ideia da permanência do fascismo, enquanto uma forma de vida, convergimos com o processo de constituição da moralidade neoliberal, esse sistema político é uma forma de psicologia do desejo. Se o capitalismo só pode sobreviver por meio de crises.Se a violência é efeito da civilização,não possível de ser eliminada, sem acabar por destruir a própria cultura, assim, o estudo nos impõe a questão: O que significa lutar contra o fascismo?

PALAVRAS-CHAVE: Fascismo.;Psicanálise; Crítica social.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador