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TERAPIA ECMO NA COVID-19: UM ESTUDO RETROSPECTIVO EM HOSPITAL PRIVADO DE CURITIBA, PR

MORAIS, Lucas Oliveira De ¹; MOTTA, Jarbas ³; BAENA, Cristina ³; MOURA, Lidia Ana Zytynski ²
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Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: Causada pelo Sars-COV2, a covid-19 teve seu primeiro relato na China, na cidade de Whuan, em 31 de dezembro de 2019 pela Organização Mundial da Saúde. Desde 2020, a comunidade médica já propunha o manejo da infecção e visualizava resultados melhores, utilizando-se de terapias de suporte respiratório, visto que cerca de 75% dos pacientes hospitalizados com covid-19 necessitavam suplementação de oxigênio.(5) Dentro do contexto de suporte respiratório, a Extracorporeal Membrane Oxygenation (ECMO) se mostra como um recurso único para salvar vidas em situações nas quais os pacientes necessitam de assistência ventilatória por problemas pulmonares e/ou cardíacos, ponte para decisões ou transplantes, bem como suporte de vida que pode perdurar por semanas.(7) O presente estudo busca analisar retrospectivamente o tratamento da ECMO venosa (ECMO VV) como terapia de suporte em pacientes com quadro confirmado de covid-19 entre o ano de 2020 até 2021 no Hospital Marcelino Champagnat (HMC), em Curitiba, e o respectivo desfecho clínico OBJETIVOS: Analisar por meio de um estudo retrospectivo, o uso da Extracorporeal Membrane Oxygenation – ECMO VV em pacientes com quadro de insuficiência respiratória grave por covid-19 e seu desfecho clínico baseado na Fração de Ejeção (FE), troponina e função renal (creatinina e ureia) entre os anos de 2020 e 2021. Entre os anos de 2020 e 2021. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo retrospectivo que utilizou base de dados pré-existente, com acréscimos durante seu curso. Após coleta e organização dos dados em planilhas, estes foram distribuídos em tabelas e gráficos, a fim de facilitarem a interpretação e incrementarem a discussão. Após criteriosa avaliação, as variáveis escolhidas para aplicação foram: Idade (anos); Sexo (Masculino ou Feminino); IMC (kg/m2); Uso de Antibiótico; Uso de Corticoide; Infecção por Coronavírus; Desfecho (alta ou óbito); Diâmetro do Ventrículo Direito (DVD); Fração de ejeção (FE); Creatinina; Ureia e Troponina. RESULTADOS: 13 pacientes foram selecionados para o estudo após terem sido submetidos à terapia ECMO VV. 10 pacientes e evoluíram com óbito e 3 tiveram como desfecho alta. A correlação entre a fração de ejeção (FE) e troponina apresentou um p=0,035. Dentro da correlação, valores de troponina elevados estavam relacionados com desfecho desfavorável e uma menor FE, demonstrando relativa falha na bomba cardíaca. As demais correlações não atingiram valores de p<0,05. Foi utilizado teste de Fisher para avaliar a associação entre a presença de infecção bacteriana e o desfecho do paciente. Dos pacientes que apresentaram acometimento bacteriano (n=10), 70% evoluíram com óbito. Dos que não apresentam infecção bacteriana concomitante (n=3), 66,7% tiveram alta como desfecho, indicando não relação da infecção bacteriana com desfecho desfavorável. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao analisarmos as variáveis, percebemos , como a FE do VD e Troponina podem tornar se preditores de pior prognóstico ao paciente em uso da terapia ECMO. O valor teórico para a indicação da ECMO em quadros respiratórios ainda se mostra incerto. Muitas são as variáveis que podem interferir, todavia, o acesso à tecnologia, bem como uma equipe multidisciplinar treinada, demonstra-se primordiail.

PALAVRAS-CHAVE: Covid 19; ECMO VV; Preditores.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador