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CORRELAÇÃO DO USO DA VNI DURANTE O INTERNAMENTO POR COVID-19 E RELATO DE DISPNÉIA PERSISTENTE NO PÓS COVID-19

GONÇALVES, Débora Carolina ¹; MULLER, Andrea Pires ²
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Curso do(a) Estudante: Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba, PR.

INTRODUÇÃO: A pandemia de covid-19, teve início em 2020 e se espalhou globalmente, causando um grande número de vítimas e alta taxa de mortalidade. Após a fase de vacinação, foi observado que os sobreviventes da doença apresentavam diversas sequelas a longo prazo, incluindo problemas cardiopulmonares, neurológicos e psicológicos; sendo estudado neste trabalho, a dispneia. Essa condição compromete o sistema respiratório e cardiovascular, afetando a capacidade funcional e a qualidade de vida do indivíduo, muitas vezes exigindo suporte ventilatório. Nesse contexto, a VNI surgiu como estratégia para auxiliar no tratamento da dispneia pós-covid-19, reduzindo o esforço muscular respiratório, melhorando a troca gasosa e preservando as barreiras de defesa natural do organismo. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo é correlacionar o uso de VNI durante o internamento por covid-19 e os relatos de dispneia persistente após a alta hospitalar por covid-19. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa fez parte do Projeto covid-19 Caracterização clinica e epidemiológica de pacientes atendidos em Curitiba,PR, sendo eles de ambos os sexos, todas as idades, que necessitaram de internação devido ao diagnóstico de covid-19. Com o objetivo de avaliar a capacidade funcional dos participantes, realizou-se a anamnese e exame físico. Em seguida, foi realizada uma avaliação respiratória, com teste de caminhada de 6 minutos -TC6, avaliação da força muscular respiratória por meio de manovacuômetro (Pimáx e Pemáx), avaliação do Pico de Fluxo Expiratório através do Peak Flow, avaliação da força muscular periférica através da dinamometria, avaliação da dispneia através da escala Medical Research Council (MRC), avaliação da mobilidade através do teste de Timed Up and Go (TUG), avaliação das atividades da vida diária através do teste de Barthel e avaliação da qualidade de vida através do questionário WHOQOL-Bref. Para realizar a correlação da VNI e dispneia persistente foram utilizados os testes de qui-quadrado de independência e de proporção, sendo realizadas as análises por meio do IBM SPSS Statistics (versão 20). RESULTADOS: Quando comparados somente uso da VNI e a dispneia, houve associação consideravelmente significativa (X2(1) = 16,90; p<0,01; porém através das análises realizadas pode -se afirmar que não houve associação significativa entre o desenvolvimento da dispneia e o sexo dos participantes submetidos à Ventilação Não Invasiva (VNI) (X2(1) = 0,59; p=0,43). Também não houve associação significativa entre o desenvolvimento da dispneia e faixas etárias dos participantes (≤49 anos e ≥50 anos) submetidos à VNI (X2(1) = 0,07; p=0,78) e também entre o desenvolvimento da dispneia e faixas etárias específicas dos participantes submetidos à VNI (X2(5) = 3,46; p=0,62). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses resultados sugerem que o sexo e as faixas etárias dos participantes não estão associados ao desenvolvimento da dispneia em pacientes submetidos à VNI, somente a correlação entre o uso do recurso da VNI e o desenvolvimento da dispneia no pós Covid-19 obtiveram resultado significativo, podendo de acordo com a literatura ter possível relação com redução da capacidade funcional devido a dispneia, a inflamação residual do vírus e os efeitos da hospitalização prolongada.

PALAVRAS-CHAVE: Dispneia; Ventilação Mecânica Não Invasiva -VNI; Sequelas pós covid-19; Pós covid-19.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador